Uma das coisas mais importantes da humanidade é a compreensão. E a capacidade que temos de compartilhar.
Acho que todo mundo busca isso. Sentir que pelo menos alguém no mundo te entenda.
Esse é um dos pilares de uma amizade. Um amigo sabe o que você sente, entende porque você se sente desta ou daquela maneira.
E é impressionante como o cinema, essa arte tão incrível, consegue fazer esse papel algumas vezes.
É indescritível a sensação de terminar de assistir um filme e pensar: "Puxa vida! É exatamente assim que eu me sinto!"
Se sentir retratado num filme é algo mágico.
Nesse fim de semana assisti mais um filme que me surpreendeu!
Going The Distance (Amor à Distância aqui no Brasil), lançado em 2010 e dirigido pela jovem Nanette Burstein, é um filme encantador. Uma comédia romãntica como poucas.
A história retrata um casal apaixonado que vive separado, ele em Nova York e ela em San Francisco.
Drew Barrymore está super à vontade no papel de Erin, uma aspirante a jornalista, e executa uma atuação maravilhosa.
Justin Long (que já trabalhou com Kevin Smith em Pagando Bem, Que Mal Tem) também se mostra um ator eficiente e muito engraçado interpretando Garrett, um rapaz que trabalha para uma gravadora.
Os dois se conhecem em em Nova York e começam um affair. Mas Erin em algumas semanas voltaria para San Francisco para terminar sua pós graduação. Inevitavelmente eles acabam se apaixonando e resolvem levar o relacionamento adiante, independente da distância.
O que se segue é um retrato delicado e divertido de um casal que mantém contato através de mensagens de celular, internet e telefonemas, e um ou outro encontro físico de fim de semana.
É surpreendente como tudo funciona bem no filme. As atuações excelentes, o roteiro de Geoff LaTulippe é super coeso e bem escrito. Com diálogos divertidos, situações interessantes, milhares de referências pop...tudo muito bem amarrado. Além de fugir do óbvio em diversas situações.
Quem já viveu ou vive uma situação semelhante termina de assistir o filme com a alma lavada! Dá vontade gritar "ALGUÉM ME ENTENDE!!!" com um sorriso nos lábios.
A distância é muito sofrível, de fato. Mas há maneiras de driblar um pouco esse sofrimento.
É muito reconfortante receber uma mensagem no celular enquanto tu trabalha, que simplesmente diz que tu faz a diferença na vida de alguém.
A palavra chave, na verdade, não é "saudade", mas sim "amor". E os encontros, quando se fazem possíveis, são momentos tão mágicos...
A verdade é que a distância é uma merda.
Mas existe aquele alguém que faz tudo valer a pena.
Então, corra todos os riscos desta highway.
Corra de braços abertos!
Corra atrás do horizonte desta highway.
Perto ou distante, o importante é viver o amor.
Ainda mais quando o cinema dá esta baita força.
Assista Amor à Distância.
Passarinho, que som é esse?
O rock gaúcho é, sem sombra de dúvidas, um capítulo á parte da música brasileira. Longe demais das capitais, do rock ensolarado do Rio de Janeiro, ou da revolta urbana de São Paulo e dos punks de boutique de Brasília, os gaúchos criaram um estilo próprio. Um rock ácido e anárquico.
Assim é a banda Bidê ou Balde que, a começar pelo nome, aparece encharcada em nonsense e guitarras distorcidas desde seu primeiro disco, Se Sexo É O Que Importa, Só o Rock É Sobre Amor.
Mas a maturidade veio mesmo com Outubro Ou Nada, segundo disco da banda, lançado em 2002.
A banda abraçou influências como Pavement, Weezer e Flaming Lips e misturaram com referências sulistas, no melhor estilo bairrista que os gaúchos tanto cultivam.
O resultado é um disco apaixonante. Delicioso de se ouvir. Melodias saborosíssimas, guitarras saturadas, letras engraçadas e super inteligentes. Não dá pra cansar de ouvir.
Destaco as belíssimas Microondas, Bromélias e a super sacada Adoro Quando Chove.
Matelassê é um rock sensacional e engraçadíssimo sobre o mundo fashion, O Antipático é outra pérola, além da doce Aeroporto e a maluca A-Há!
A produção do disco é impecável, deixando cada faixa com um frescor de novidade a cada acorde. Manteve-se uma certa crueza do rock, mas na medida com a delicadeza dos vocais femininos e teclados trabalhadinhos.
Disco recomendadíssimo!
Vai lá ouvir.
Este disco é para quem gosta de:
Roupa de brechó, Monty Phyton, x-coração na Lancheria do Parque, vodka com Sprite, Weezer, óculos de aros grossos, jogos do Atari, guitarras vintage.
Aperta o play, Macaco! - The State I Am In - Belle and Sebastian
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)