terça-feira, 27 de abril de 2010

Recapitulando

Rapidamente quero só atualizar alguns assuntos tratados recentemente aqui neste blog.

Em primeiro lugar agradeço a todos que se manifestaram a respeito da morte da pequena Lucy.
Muito legal da parte de vocês.
Muito obrigado.

Segue aqui uma foto da nova Lucy.


Também falei alguns posts atras sobre a banda gaúcha Beselhos, dos meus bons amigos Diego, Daniel e Diego, bateria, baixo e voz e guitarra e voz respectivamente.

O Diego Altieri, baterista, me escreveu falando sobre o post onde comentei a saborosa demo tape Turnê Na Terra. Ele me enviou inclusive a capa da mesma para a apreciação de vocês.
A capa é de autoria de Rogério Salaberry, outro companheirão de Porto Alegre.

A banda está parada desde 2007 quando o guitarrista Diego Grando foi para a França fazer doutorado e o Daniel, baixista, se casou e reside em Caxias do Sul, restanto assim somente o Diego Altieri em Porto Alegre.

No final de 2006 a banda lançou de forma independente seu primeiro e único disco, Ovreca.
Um grande disco de rock n' roll que merecia mais atenção do que teve, mesmo tendo sido citado em sites como o Senhor F.
Interessados podem ouvir o disco no myspace da banda.
http://www.myspace.com/beselhos

De mais a mais, fico por aqui, na angustiante expectativa do próximo episódio de Lost que só sai semana que vem.



Passarinho, que som é esse?



Chutes Too Narrow - The Shins


Eis aqui mais uma banda que nunca recebeu muita atenção.
Injustamente, claro.

The Shins é uma banda que saiu do sul dos Estados Unidos no fim dos anos noventa fazendo um som pop de lirismo ímpar e melodias assobiaveis.
Lançaram seu primeiro disco em 2001 entitulado Oh, Inverted World.

Curiosidade: A banda faz parte do cast do legendário selo Sub Pop, responsável pelos discos fundamentais do grunge vindo de Seattle.
Mas isso não quer dizer nada sobre o som da banda, que nada tem de guitarras sujonas e letras resmungonas.

Chutes Too Narrow foi lançado em 2003 e é o segundo disco dos Shins.
Trata-se de um disco simples, direto, curto e muito, mas muito, agradável de se ouvir.

James Russell Mercer, o principal compositor da banda, que também é o guitarrista e vocalista, tem um talento especial para melodias intrincadas, porém extremamente assobiáveis.
Bebendo da fonte de Teenage Fanclub, Lovin' Spoonful e Belle and Sebastian, Os Shins trazem neste disco dez canções memoráveis.

Destaco aqui a belíssima balada Pink Bullets, com uma melodia triste, mas muito intensa, levada somente ao violão.
Temos um rock n' roll com uma pegada alt-country com o nome Turn A Square, e outras delícias como Kissing The Lipless, Gone For Good e Those To Come.
Mas minha favorita se chama Young Pilgrams.
Sinceramente não sei como descrever esta canção. Tem uma melodia meio torta, mas muito agradável, com mudanças rápidas de acorde, mas uma levada suave.
Uma composição sensacional.

É um disco que vale a pena ser ouvido.

Vai lá procurar pra baixar.


Este disco é para quem gosta de:
Power pop, camiseta sem estampa, dias nublados, folk-pop-rock, óculos á la Buddy Holy, The Animals, namorar.


Aperta o play, Macaco! - Light Years - Pearl Jam

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Não sei por onde começar hoje.

Ok, imagine a cena:
Sábado, começo da noite. O cara sai para tomar uma cerveja com os amigos.
Esse cara tem uma cachorrinha em casa que ele gosta muito.

Bem, o cara chega no bar. Toma um copo, dois...passam-se uns quarenta minutos.
Toca o celular. A voz materna diz que a cachorrinha escapuliu pra r
ua e foi atropelada.
O cara larga tudo e vai pra casa.
Na avenida, em frente a sua casa, tem uma poça enorme de sangue.
Na sarjeta está a mãe e a irmã do cara.
E uma cachorrinha sem vida.


Não dá pra deixar o corpo da cachorrinha ali. O que fazer?
Vamos enterrá-la, a mãe diz.
O cara concorda.
Ao embrulhar o corpo sem vida nums saco plástico para colocar no porta-malas do carro, constata-se dolorasamente a causa da morte. O pescoço foi quebrado.
Tomara que ela não tenha sentido dor.

Levam a cachorrinha até o antigo sítio.
O cara pega uma enxada e ele mesmo enterra ali o corpo da cachorrinha.


Aquele sábado acabou por volta de oito e meia da noite.

Imaginou?
Bem, esse foi o meu sábado.

A Lucy era uma cachorrinha sensacional. Nunca vi mais esperta. Parecia que realmente entendia quando falávamos com ela.
Aqui do lado do computador tem o sofá onde ela sempre deitava e ficava aqui comigo enquanto eu ouvia podcasts, escrevia e etc...

No dia seguinte, domingo, entendi o que a morte dela significou pro pessoal em casa.

Minha mãe me acordou no domingo já dizendo que viu no jornal uma ONG que recolhe, cuida e doa cães e gatos abandonados e perdidos chamada Anima!. Depois do almoço ela já me convenceu a ir até a casa de uma das voluntárias. No fim da tarde já estávamos com outra cachorra em casa.

Eu, particularmente, queria dar um tempo antes de ter outro cão.
Mas percebi que a Lucy fazia muita companhia para a minha mãe. Por isso acabei concordando.
Inclusive, minha mãe resolveu chamar a nova cachorrinha de Lucy também.
Não era bem o que eu esperava, mas também acabei concordando com isso.

E a nova Lucy é muito bacana. Já tem um ano, um ano e meio e é muito bonita. Provavelmente é mestiça (pra não dizer vira-lata), mas, não só eu como a veterinária, desconfiamos que ela é uma Schnauzer. Só não dá pra saber com certeza porque ela está com o pelo curto, foi tosada recentemente. Mas ela tem sombrancelhas e bigodes grandes, é cinza...se não for 100% Schnauzer, com certeza a mãe ou o pai é.


Enfim, segue a vida.

Mas é triste.
A boa e velha Lucy morreu cedo, tinha só cinco anos. E deixa muita saudade. Vai ser difícil se acostumar a certas coisas que só ela fazia. Até mesmo travessuras como subir na mesa e pegar pedaços de queijo, ou ficar perturbando todo mundo que aparecia aqui em casa.

De qualquer forma, acreditro que ela e a nova Lucy se dariam muito bem.
No fim da contas batizar essa nova cachorrinha de Lucy me soa como uma bela homenagem por parte da minha mãe para uma cadelinha que foi super companheira, carinhosa e que deixou um buraco no coração de todo mundo aqui em casa.


Passarinho, que som é esse?



Os The Darma Lóvers - Os The Darma Lóvers


Este disco é uma das pérolas escondidas do rock gaúcho, que no início da década 00 foi extremamente fértil.

Os The Darma Lóvers começaram como uma dupla, Nenung e Yang Zan, praticantes da meditação e do budismo que decidiram transformar em canções tudo que vivenciavam neste meio.

Independente de você se interessar e/ou acreditar em Buda, vale a pena ouvir este que foi o disco de estréia da banda.

O disco Os The Darma Lóvers é de 2000 e foi produzido por ninguém menos que Frank Jorge, uma das personalidades fundamentias do rock gaúcho e da música independente do país. E isso já diz muito sobre o disco.

As músicas são basicamente voz e violão. Há algumas incursões de baixo e guitarra, mas o que predomina é um lance dylanesco.
Sim, a base das canções é o folk, com pitadas de psicodelia e pop.

O carro-chefe do disco foi a canção Seres Extranhos, que chegou a ser hit no sul do país, com um violão vigoroso e uma saborosa gaita.
Realmente essa canção define bem o estilo da banda.
Mas vai muito além.
Nenung é um compositor de mão cheia e mostra neste disco melodias simples, porém maravilhosas.
Minha favorita é Três Coroas, uma balada falando de vários lugars no mundo e que acaba sempre em Três Coroas, cidade gaúcha onde encontra-se um dos principais mosteiros budistas do país.

Mas, claro, o disco todo é recheado de canções saborosas. E também vale dizer que apesar de ser basicamente um disco com letras falando de temas e mensagens budistas e sobre meditação, não soa nem um pouco cansativo. São letras bonitas, às vezes até bem humoradas.

É um disco na medida. Dá pra parar pra refletir e também dá pra ouvir só pra passar o tempo curtindo um som agradável.

Super recomendado!

Pra variar, é um disco que não deve ser bolinho de achar.
Interessados podem entrar em contato comigo ou então visitar o blog da banda, onde dá pra ouvir músicas, ver fotos, conferir textos, entrar em contato com a banda e tudo mais, além, é claro, de comprar os discos. Vai lá!
http://www.darmalovers.com/



Este disco é para quem gosta de:
Pensar na vida, Bob Dylan, incenso, batas indianas, arroz integral, fogueira e violão, andar pelado em casa, mascar gengibre.



Aperta o play, Macaco! - Signal Dire - Snow Patrol

sexta-feira, 16 de abril de 2010

LOVE IS THE ANSWER

Não posso evitar de continuar a comparação feita anteriormente aqui sobre o seriado Lost e a vida. Mas pode contnuar lendo. Não tem spoiler aqui.
Chegando na reta final do seriado, fica claro que uma da grandes respostas das trama toda é o amor.

Mais uma vez uma coisa que vem de encontro a o que eu sinto e como vivo.
Não que eu tenha uma vida cheia de amores. Pelo contrário. Já amarguei e tenho amargado muita coisa.
Mas o lance é como encaro o fato.
Por mais que eu tente e queira desistir de achar uma garota bacana. Por mais que eu leve na cara a cada garota que eu conheço e penso em ter algum relacionamento. Por mais que eu me apaixone em vão.
Não consigo desistir de pensar nisso.
E sempre acabo abrindo o peito pro próximo tiro que certamente vou levar.

Assim como em Lost, o amor é a constante da minha vida.

Não que atualmente eu me sinta bem com isso.
Se eu estou tocando nesse assunto é porque me dói e eu preciso falar.
Mas não quero ser amargo. Eu deveria me acostumar a não me envolver em sentimentos que, nitidamente, são só meus, onde não há reciprocidade.
E quando isso bate na cara é sempre bem ruim.
Venho ruminando isso por alguns dias...enfim.

Love is the answer.
Só não sei para quem além do pessoal da ilha.


Passarinho, que som é esse?


(500) Days Of Summer- Soundtrack

Sem dúvida esta é das melhores trilhas sonoras dos últimos tempos.
Ok, o disco não tem aquela sequência frenética da trilha de Assassinos Por Natureza, ou trechos de cenas junto com as músicas que te remetem ao filme na hora como em Pulp Fiction.
Na real, é um monte de músicas juntas num CD.
Mas que músicas!!

É um disco para quem se liga em um som mais indie, é verdade.
Ainda assim, tem canções sensacionais. A começar porque conta com duas canções dos Smiths! Na verdade três. Tem a excelente Please, Please, Please, Let Me Get What I Want, numa versão muito bacana da banda She & Him.
Mas isso é só o começo.

Ainda rolam músicas da Regina Spektor, que é uma cantora que eu adoro! Ainda rola Carla Bruni, responsável pela música mais bonita o disco inteiro, Quelqu'un M'a Dit.
Tem também bandas mais novas como The Black Lips, Doves, Feist e, pasmem, Wolfmother, fugindo do rockão garageiro usual e mandando bonito no folk!

É o tipo de caso que o disco acaba valendo mais que o filme.
Ainda que eu recomende demais o filme também.
É uma visão bem pessoal de amor.
Com a qual me ideitifiquei muito, diga-se.

Então, assista o filme, nem que seja pela trilha sonora.
E adquira (ou baixe) o disco. Porque é sensacional!


Este disco é para quem gosta de:
Sorvete de creme, bandas independentes, pagar de moderninho, Juno, retrô, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, arzinho blasè, bandas britâncias.



Aperta o paly, Macaco - A Índia e o Traficante - Eduardo Dusek