terça-feira, 27 de janeiro de 2009

In My Life part II

Eu não consigo evitar.

A cada acontecimento da minha vida, eu vejo alguma coisa dos Beatles no meio.

É como eu e o Antonio sempre dizemos: Beatles está acima do gosto musical...banda favorita e etc. Beatles é religião.

Sei que parece exagerado. Mas, de fato, sempre acabo associando minha vida com algum aspecto da existência dos Beatles.

Primeiro, já que estamos no assunto beatle, vamos logo falar sobre o filme I Wanna Hold Your Hand.

O filme, a princípio, parece ser bem besta. Mas não é. Chega a impressionar o roteiro bem amarrado e recheado de surpresas. Cada personagem passa por situações inesperadas, engraçadas, emocionantes até.

O retrato da beatlemania é muito fiel. Fãs histéricas atacando qualquer coisa que lembre os Beatles, as tentativas de invadir hotéis, as hordas de policiais impacientes, adultos conservadores criticando aquela balbúrdia...
No meio de tudo isso, o filme vai se passando com uma fotografia esperta. Sempre que precisa enfatizar a presença dos Beatles, sempre que eles aparecem, ou estão de costas, ou só aparecem pés.

O filme é sobre adolescentes e para adolescentes (e beatlemaníacos em geral). Portanto, é um filme intenso, com cortes rápidos e trilha sonora praticamente ininterrupta, só com clássicos dos Beatles.

Não só a direção, como o roteiro são de Robert Zemeckis e a produção é de Steven Spielberg. Pois é, com essa turma falando dos Beatles...não tinha como sair um filme ruim.

Mais que recomendado.

Ainda falando nos Beatles, e também sobre mim mesmo...

Estou nas últimas páginas da mais recente e completa biografia dos Beatles, The Beatles, de Bob Spitz.O livro foi me dado de presente pela Kris, minha grande amiga que, atualmente, parece estar na ilha do Lost, de tão longe.

Enfim...É uma sensação difícil de explicar. À medida que se vai lendo o livro, constatar como a banda ia se desfacelando. E é tão difícil explicar o que aconteceu...É leviano demais culpar a Yoko pelo fim da banda, ou o aglomerado de picaretas que tomou conta da Apple, ou a inaptidão dos quatro para administrar seus bens, ou as drogas...

Mas o triste mesmo é ver a relação dos quatro desmoronando. Ler como, no início e até 1966, eles se divertiam criando juntos nos estúdios. E ver que de 1968 pra frente, eram só discussões, palavrões. Chegando ao ponto de George Martin ficar de saco cheio e abandonar os estúdios no meio das gravações.

E o que isso tem a ver comigo?

Bom, exatamente neste momento da minha vida, estou reconsiderando como me comporto e me relaciono com as pessoas. E como é difícil lidar com situações que envolvem sentimentos de várias pessoas. Como é difícil sem sincero ás vezes. Como é difícil!

Acho que faz parte do crescimento tu se desentender com algum grande amigo. Ter teu coração partido por uma garota que tu mal conhece. Depois ter teu coração partido por outra garota que tu até que conhece bem...depois partir o coração de alguma garota...e por aí vai.
É impossível crescer sem magoar ninguém.

E sem se magoar.

Leio sobre John e Paul discutindo nos corredores de Abbey Road e penso em alguns amigos. Leio sobre John, Cyn e Yoko e penso em outros amigos, Leio sobre Paul, Jane e Linda e penso em mim mesmo. Leio sobre John afundado em drogas e penso em outros amigos. Leio sobre Ringo, muitas vezes, indiferente demais, e penso em mim mesmo.

Todos seres humanos idiotas.

Eu, meus amigos, as garotas, os Beatles...

Porque são tantas coisas acontecendo...tanta gente. Eu sinto raiva, medo, esperança...e penso em rostos familiares. Gente que cruza meu caminho de repente.
Uma vez uma amiga me disse que achava covardia um cara querer uma garota e não se declarar.
E eu me senti covarde. Desde a adolescência. Um grande covarde.
Mas depois pensei melhor.
Não é bem covardia. Às vezes é auto-preservação. Às vezes é medo puro e simples, desses que inibem qualquer ação. Às vezes é inexperiência. Às vezes é o amor de verdade, que vira a cabeça do moleque no avesso...

Ah, mas claro, pode ser covardia mesmo também.

Uma vez, eu tocava numa banda que tinha um potencial do caralho. E a banda acabou porque cada um queria uma coisa diferente e o vocalista tinha uma namorada extremamente ciumenta que arranjava briga em todo lugar onde a banda ia tocar.Para preservar a amizade entre os integrantes, a banda acabou.

Uma vez quatro moleques pobres se juntaram para tocar skiffle, e depois rock 'n roll. Eles conquistaram o mundo e se separaram após oito anos do lançamentod e seu primeiro disco. E mesmo a quantidade imensa de ressentimentos que cada um levou consigo dessa separação não conseguiu ofuscar o brilho de sua obra e, lá no fundo de cada um deles, não abalou tanto assim a amizade.
Após a separação, George tocou com o John, Ringo tocou com o Paul e por aí vai.
Em resumo:
Todos seres humanos idiotas.
Eu, meus amigos, as garotas, os Beatles...
Todos tentando ser compreendidos, amados e etc.

Todos nós.Idiotas.



Passarinho, que som é esse?



O Fogo Não Acende na Cabeça do Macaco - Os Céticos


Totalmente independente, este EP me impressionou desde a primeira audição.
De Londrina, PR, o trio vem da extinta banda Silêncio que tinha uma pegada mais rock n' roll.

Rebatizados como Os Céticos, o trio ataca de chapéu e tudo com canções inspiradas evocando country e folk de qualidade.

Infelizmente contanto apenas com cinco canções, o EP O Fogo Não Acende Na Cabeça do Macaco é perfeito.

Dá pra ouvir repetidas vezes sem cansar, até decorar as letras e sair pela rua assobiando as melodias.

As letras são caso á parte. De uma simplicidade tremenda, as letras estampam sinceridade e espontaneidade.
O grande destaque é a divertidíssima Só Pra Me Irritar, onde o autor vai listando tudo que o irrita, ou como as coisas acontecem somente para irritá-lo. De tão boba, acaba sendo irresistivelmente deliciosa.
Hit certeiro!

A faixa-título do EP também se destaca pela sua letra imaginativa e sua melodia country-rock empolgante. O refrão é coro garantido nos shows.

As demais faixas não deixam a desejar às já citadas.
Só Quando Estou Só é a mais bela do disco, uma letra introspectiva que se encaixa perfeitamente no arranjo minimalista da canção.
Vou Me Desculpando é quase uma balada, mas com uma pegada energética.
E Tropagem é a mais rock da bolachinha com um riff de guitarra instigante e letra excêntrica.

O disquinho deixa o ouvinte com o famoso gostinho de "quero mais" após cada audição.
Sem dúvida é uma banda que ainda tem muito a nos oferecer.

Confira o som dos caras no myspace:

Longa vida aos Céticos!


Este disco é pra quem gosta de:
Chapéu e botina, filmes de caminhoneiro, Bob Dylan, papo-cabeça, estrada, Grateful Dead, barba por fazer e blusão com cheiro de maconha.


Dá o play, macaco! - Revolver - The Beatles



segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

In My Life

Fui arrebatado recentemente por memórias.
Fuçando na internet, cheguei por acaso a um site falando de filmes dos anos oitenta.
Em meio a vários filmes que fizeram minhas tardes um pouco mais felizes na Sessão da Tarde e no Cinema em Casa, encontrei o título Febre de Juventude.
E um frio percorreu minha espinha.

Todos sabem da minha devoção incondicional aos Beatles. A banda que representa, para mim, mais do que uma banda de rock n' roll. Os Beatles foram fundamentais para a minha formação cultural e é, cada vez mais, influência constante para mim enquanto apreciador de música e também tocando guitarra e bateria.

O que poucos sabem é que o primeiro contato que tive com os Beatles foi num filme. Chega a ser engraçado, mas é verdade. A primeira imagem que eu tenho dos Beatles são seus pés. Mas o que mais me marcou foi a canção I Want To Hold Your Hand. Isso porque assisti este filme: Febre de Juventude.

Quando assisti o filme, era muito garoto. Não consigo me lembrar da idade, mas certamente foi no máximo com dez anos. Nessa época não me interessava por música. Nem sonhava em tocar, fazer parte de uma banda. Mas claro que ouvia música e algumas me atraíam mais. É até bonito eu olhar pra trás e notar isso tudo. De alguma forma bizarra não tenho muitas memórias da minha infância...tudo é meio confuso, não consigo distinguir muito bem o tempo. Parece que comecei a contar minha vida à partir da adolescência mesmo. Mas lembro nitidamente de perguntar aos meus pais sobre os Beatles. Vi na coleção de discos do meu pai as famosas coletâneas vermelha e azul e, na mesma época, descobri fascinado que aquela música super legal que o Ferris Bueller cantava no filme Curtindo a Vida Adoidado também era dos Beatles.

Mas voltando ao assunto.
Este filme ficou na minha cabeça por um tempo, mas eu nunca o encontrei para alugar. Principalmente depois de um pouco mais crescidinho, com meus 16, 17 anos, já intimamente apaixonado pela música dos Beatles, voltei a procurar este filme. Quando procurei na Vídeo Fusão (vídeo locadora com o maior acervo da cidade na época) e não encontrei, desencanei.

E meio que esqueci disso. Ficou adormecido no meu sub consciente.

E agora, me deparo com ele! A primeira coisa que fiz foi me amaldiçoar por nunca ter pensado em procurar alguma coisa sobre ele na internet. Depois foi o encantamento. Depois, lendo sobre o filme, tudo, mas tudo mesmo, se encaixa. Parte da minha vida está naquele filme.

A começar pelo diretor.

Ninguém menos que Robert Zemeckis, de De Volta Para o Futuro e Forrest Gump, dois dos filmes que deixaram marcas profundas em mim.
A sinopse explica o filme.
Febre de Juventude (título original: I Wanna Hold Your Hand) se passa no ano de 1964, na primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos, para participar do Ed Sullivan Show. O primeiro número um dos Beatles na América do Norte foi o compacto I Want To Hold Your Hand, que é, inclusive, a música tema do filme.

A beatlemania se alastra entre os jovens americanos, que, bem como em qualquer outro lugar por onde os Fab4 passavam naquela época, faziam de tudo para conseguir entrar em contato com seus ídolos.

O filme retrata esta comoção de alguns jovens americanos e seus planos para conseguir um contato com os Beatles, invadindo hotéis e etc. A cena a qual citei acima como "a primeira imagem que tenho dos Beatles são seus pés" é que em determinada cena, duas garotas invadem o hotel dos Beatles e ficam embaixo da cama do quarto onde eles estão. A câmera, mostrando a visão delas, filma apenas os pés dos quatro. Não sei por quê, mas essa cena é clara na minha cabeça até hoje.

O filme é de 1978, e, por incrível que pareça, conta com várias gravações originais da banda na trilha sonora. Provavelmente, na época, os direitos autorais não eram tão exorbitantes quanto hoje.

Tenho certeza que deve ser um filme besta e que corro sério risco de me decepcionar com ele. É a velha lei dos quinze anos.

Mas eu preciso correr esse risco e assistí-lo de novo!

O site em questão, onde encontrei o filme é o http://www.sessaodatarde.net/ que conta com uma lista de clássicos como Te Pego Lá Fora, Goonies e etc. E tudo para venda! Claro, não são os originais. Mas pelo jeito são cópias bem feitas. E a maioria com a opção de áudio dublado em português e original com legendas!

Não preciso nem dizer que na mesma hora comprei uma cópia pra mim do filme em questão.

Agora me resta esperar o filme chegar.
Parece uma coisa besta, eu sei, mas vocês não imaginam a emoção que é pra mim isso. Depois de mais de quinze anos, vou rever o filme que foi o primeiro contato que tive com a obra dos Beatles!

Possivelmente, o próximo post aqui será dedicado a este filme, mas aí, com minha opinião sobre o filme como um todo, e não só uma lembrança perdida.



Passarinho que som é esse?





The Age Of Plastic - The Buggles





A década de oitenta é realmente uma incógnita. Ao mesmo tempo brega, espalhafatosa...ao mesmo tempo rica em melodias, trazendo uma sensação de liberdade e criatividade.

Na verdade, o álbum The Age Of Plastic, pode ser considerado mais um rebento dos anos setenta que influenciou toda uma geração que culminaria na new wave de bandas como B-52's.

A banda The Buggles era mais um duo do que uma banda em si.

Formada pelo baixista Trevor Horn e pelo tecladista Geoffery Downes. Ambos ingleses, cresceram ouvindo rock progressivo e eletrônico como Yes e Kraftwerk. Na década de setenta, tocaram em várias bandas disco para levantar uma grana. E foi como se conheceram e montaram o projeto que, a princípio, se chamou Camera Club. O nome The Buggles faz referência ao filme The Plastic Age, de 1925.

Este mesmo filme serviu de base para o primeiro disco dos Buggles, The Age Of Plastic.

Lançado em 1980 The Age of Plastic é um disco conceitual discutindo os anseios e angústias do desenvolvimento da tecnologia para o bem e para o mal.

O resultado é um disco excelente. O contato dos músicos com a disco nos anos setenta deu a eles um acento pop às suas influências como o rock progressivo e o a música eletrônica.
O grande hit do disco foi a canção Video Killed The Radio Star, um pop saboroso, com uma linha melódica envolvente e um refrão ganchudo.

Também se destacam as faixas Kid Dynamo, um rock vigoroso com um arranjo de sintetizador na medida, Elstree, mais na linha de Video Killed The Radio Star, pop cremoso, mas um pouco mais introspectivo e melancólico e a faixa que abre o disco, Living In The Plastic Age, mais agitada e urgente com um arranjo bem trabalhadinho, convidando o ouvinte a mergulhar na proposta do disco.

No mesmo ano, o duo Horn e Downes gravaram o disco Drama com a banda Yes, substituindo Andreson e Wakeman respectivamente.

Em 1981 sai o segundo disco dos Buggles, já sem Downes nos teclados. Entitulado Adventures in Modern Recording, o disco não vingou e a banda acabou em seguida.

É um disco bacana de se ter. Dá pra escutar nas festas mais descoladas e tu pode impressionar seus amigos no bar mostrando que sabe o nome da banda que toca Video Killed The Radio Star, bem como um ou outro título de música dos mesmos...

Mas sem brincadeira, o disco é muito bom e, sim, é um clássico, e influenciou mais da metade das bandas dos anos oitenta.

Baixa que vale a pena!

Este disco é para quem gosta de:
Nostalgia, baladas gls, som moderno e retrô ao mesmo tempo, Martini com gelo, cores fortes e discos obscuros.

Dá o play, Macaco! - Fashion Nugget - Cake

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

We Want The Airwaves

Nesses últimos dias andei viajando bastante...estive em São Paulo e Campinas. Para relaxar, nos vários e longos trajetos que fazia de carro, resolvi passear pelo dial do rádio e ver o que achava de interessante.


Já esperava me decepcionar, é óbvio. Mas o troço foi um pouco mais fundo e eu me pus a refletir sobre isso.



Hoje em dia qual é a função da rádio FM?


Entretenimento?


Vá lá, nisso até que ela se sai bem. Alguns locutores são descolados e engraçadinhos. Mas mata o lance de tu ter um bloco de quatro músicas e um bloco de quase dez minutos de propaganda.
Mas o mais importante: A música. Onde entra?


Talvez essa seja a última preocupação de quem faz a programação da rádio. Se é que ainda existe o tal disc joquey, este deve ficar de cabelo em pé atualmente, quando, na programação da madrugada ele precisa "escolher" que músicas colocar na programação, já que durante o dia ele não tem essa "preocupação" pois, possivelmente, a programação já vem prontinha das gravadoras junto com um envelope cheio de "jabá".



Eu, lendo a excelente biografia dos Beatles por Bob Spitz (presentão que ganhei da sempre querida Kris), fiquei imaginando cada um dos Beatles em seus quartos, adolescentes, sintonizando a rádio Luxemburgo, porque a BBC britânica não veiculava nenhum rock e nenhum roll no fim dos anos 50. Então, a gurizada afim de ouvir som novo, sintonizava uma rádio de Luxemburgo para ouvir as novidades!


Ouvir as novidades!


Imagine você, ligar o rádio para ouvir músicas que você ainda não conhece. Ligar o rádio em busca de sons novos...



Me lembro de ler sobre a lendária rádio Fluminense FM, chamada de "Maldita" que, nos anos 80, trazia o que havia de mais novo no rock mundial. Me lembro de ler que gente como Kid Vinil ouviu Pixies e coisas do gênero pela primeira vez na Flu FM!


E olha que naquela época não tinha internet nem nada. Tocava no rádio a fita que o amigo do dj gravou quando foi pros Estados Unidos...


E esta mesma rádio, hoje em dia, está igualzinha a todas as outras rádios...



Será que o mundo desencanou de ouvir música pela música? Será que está tudo tão vendido assim que ninguém mais se importa?



Tem uma rádio que pega em São Paulo e em Campinas que se chama Nova Brasil FM. A proposta da rádio, segundo a mesma, é tocar a moderna música brasileira.


Legal!


Eu fiquei esperando ouvir Lenine, Seu Jorge, Orquestra Imperial...até os mais mainstream...Maria Rita e etc.


Qual o meu espanto quando começam a se suceder músicas como Saigon do Emílio Santiago, Leãozinho do Caetano...peraí...não era pra tocar a nova mpb?



A mesma coisa com as rádios rock! 89FM, Kiss FM...ao invés dos caras tocarem sons novos...que seja Strokes e etc...ou os nu metal da vida...não.


Eu, incrédulo, perdi a conta de quantas vezes ouvi Rock n' Roll do Led Zeppelin nessas rádios!Como assim?


Claro que os clássicos são fundamentais...a molecada de 14, 15 anos que ouve a rádio precisa conhecer...mas daí a ficar o dia todo tocando clássicos é doer.



Do jeito que as coisas andam no mundo da música, os emos não estão tão errados de ficar chorando pelos cantos.






Passarinho, que som é esse?





The Chirping Crickets - Buddy Holly






Falando em rádio e influenciar pessoas, nada melhor que ir nas profundezas do rock para encontrarmos pérolas escondidas.



Buddy Holly é um dos artistas fundamentais do rock n' roll. Era quase um anti-herói em sua época, onde a imagem do rocker era o topete, jaqueta e jeitão de mal, Buddy ostentava seus clássicos óculos de aros grossos e um sorriso ingênuo.Além do mais, ao contrário de noventa por cento dos cantores e bandas da época, Buddy Holly era um dos poucos que compunha suas próprias canções.



Este disco é o grande marco da carreira de Buddy. Foi seu primeiro disco de sucesso ao lado de sua banda The Crickets.


Apesar de seus grandes clássicos como Peggy Sue, Words Of Love e Ready Teddy, constarem em seu segundo disco "Buddy Holly" de 1958, The Chirping Crickets, lançado em 1957 marca seu primeiro registro em vinil e influenciou gerações, além de contar com músicas que ganharam alguma notoriedade como Oh Boy, Send Me Some Lovin' e Rock Me My Baby.



Este disco é inovador principalmente pela criatividade de Buddy que, ao compor, fugia um pouco dos clichês do rock n' roll até então de se fazer simplesmente sol, dó e ré com sétima. Buddy Holly fazia arranjos simples, mas sempre com algumas linhas de fuga melódicas interessantes que seriam influência direta para Paul McCartney e John Lennon.



O próprio McCartney chegou a declarar que Buddy Holly sempre foi seu grande herói no rock. Paul disse que depois de saber que Buddy Holly compunha seu próprio material, se encorajou a compor também.



Agora imagine você, se Paul McCartney nunca tivesse sido encorajado a compor...o que seria do mundo da música?



Buddy Holly, infelizmente, em 1959 entrou num avião com Ritchie "La Bamba" Vallens e voou para a morte.



Mas hoje ainda é reconhecido como compositor revolucionário do rock n' roll.



Mais que recomendado, este disco é discoteca básica.



Disco para quem gosta de: Topetes com brilhantina, Coca Cola com baunilha, carregar o maço de cigarro dentro da camiseta, passear de carro, filmes antigos.



Dá o Play, Macaco! - O Fogo Não Acende na Cabeça do Macaco - Os Céticos.