segunda-feira, 27 de junho de 2011

Um motivo.

Muitas coisas me motivam a vir hoje escrever.
A primeira delas é a pura necessidade. Sinto uma baita falta de escrever aqui. Mas o dia-a-dia não ajuda...

Todos vocês sabem que minha conduta aqui é sempre traçar um paralelo entre o filme escolhido e minhas experiências e/ou sentimentos em determinada fase da minha vida.

Pois bem, não que eu me considere um messias ou algo assim, mas o filme de hoje é o clássico A Vida de Brian, dos gênios do humor Monty Phyton.

Vamos falar brevemente sobre o filme, depois explico o porquê de ter escolhido este filme para hoje.

Monty Phyton's Life Of Brian (A Vida De Brian) foi lançado em 1979 e é o segundo longa-metragem do grupo Monty Phyton. Para muitos, inclusive este que vos escreve, este é o melhor filme dos Phytons.

O filme aborda a trajetória de Brian Cohen (Graham Chapman), que nasceu ao mesmo tempo que Jesus Cristo, numa manjedoura vizinha. Assim, Brian tem sua vida permeada por momentos que se cruzam com a história cristã.

Aos puritanos, se acalmem. Não se trata de um filme ofensivo ao cristianismo nem nada assim. É somente uma sátira àquele momento histórico, a dominação romana principalmente.

E que sátira, amigos e amigas!

O roteiro é brilhante! Assinado pelos seis integrantes da trupe, os Monty Phytons criam situações hilárias como um apedrejamento onde mulheres são proibidas de participar, uma briga durante uma das pregações de Jesus, dentre tantas outras.

As interpretações também são sensacionais. Em especial John Cleese e Eric Idle são dois comediantes fantásticos! Todos os Phytons atuam interpretando sempre mais de um personagem, incluindo mulheres.

A direção do longa ficou nas mãos de Terry Gillan, um diretor muito competente que, além de participar do grupo, dirigiu todos os filmes do Monty Phyton.
Particularmente, acho que o filme cansa em alguns momentos, fazendo com que se perca dinamismo em algumas cenas, mas em geral, a montagem do filme é muito boa e a fotografia ajuda bastante a tornar o filme mais agradável.

Mas pequenos detalhes técnicos não tiram o brilho desta comédia magistral do Monty Phyton.

A escolha deste filme para hoje, como foi dito no início do post, envolve diversos motivos.
O primeiro deles é a simples recomendação de um filme clássico, divertido, empolgante, engraçado e, por quê não, que passa uma mensagem valiosa: "Always look at the bright side of life." como diz a canção que encerra o filme. E também acreditar em seus próprios princípios, independente do que diga essa ou aquela religião, dogmas e costumes sociais pré-estabelecidos.

Há momentos em que tu acaba se surpreendendo com isso. De repente tu percebe que é possível fazer um monte de coisas bacanas independente do que as pessoas pensem.
Independente até do que tu mesmo pensa algumas vezes.
Escrever uma canção bacana, ou estar tocando e notar que tem gente realmente gostando do que tu está fazendo...ou até mesmo conseguir conquistar uma garota que tu não imaginava conseguir.

Este é o lado claro da vida, cara!
Às vezes, pode valer muito a pena tu se desprender e dar uma olhada para ele. Nunca se sabe o que tu pode encontrar.

Legal que no fim das contas a escolha deste filme fez mais sentido do que o esperado inicialmente.

Portanto, o filme está mais que recomendado.


PASSARINHO, QUE SOM É ESSE?


Wings Over America - Paul McCartney & Wings

Disco pra ouvir com lágrimas nos olhos!
É o primeiro registro oficial de McCartney no palco desde a época dos Beatles.
O velho Macca já tinha acumulado uns bons hits após o término dos Fab4 ao lado dos Wings.
Este disco duplo de 1976 é um apanhado destes hits, além de, é claro, um ou outro clássico dos Beatles.

O disco é impecável.
A abertura deste disco se tornou uma constante em seus shows Com a sequência Venus and Mars, Rock Show e Jet.
Quem estava em São Paulo naquele 21 de novembro no Morumbi sabe do que eu estou falando.

Mas ainda seguem-se Live and Let Die, Bluebird, Silly Love Songs...
É até pecado (pra linkar com o filme acima) citar só algumas das canções. Então vou destacar só mais três que são minhas favoritas: Jet tem neste disco talvez sua interpretação mais energética, Maybe I'm Amazed e My Love estão comoventes demais também.
Para os orfãos dos Beatles (o mundo todo?) Macca incluiu no repertório Lady Madonna, I've Just Seen A Face, Blackbird, Yesterday e The Long and Widing Road. canções que continuam firmes no set list até hoje.

O disco é um dos melhores albuns ao vivo já gravados na história do rock n' roll. Se houve adição em estúdio de algumas vozes ou instrumentos, eu não duvido, mas também não condeno. Todo disco ao vivo tem uma pós-produção forte.
É ou não é, Sr. Ozzy Osbourne?

O fato é que os músicos do Wings são soberbos em competência e feeling.
E o Paul McCartney é o carisma em pessoa. E neste disco mostra que está no auge de sua voz e técnica no contra-baixo.

É um discão.
Só faltou entre uma música e outra ele dizer "You're something else!" para me arrancar mais lágrimas!


Este disco é para quem gosta de:
Coisa boa.


Apertta o play, Macaco! - Wicked Games - Chris Isaak

2 comentários:

Bia disse...

Hehe, coincidência, peguei na capa dele hoje pra assistir de novo. Revi esses dias o Flying Circus inteiro e uma coisa que sempre me surpreende é a versatilidade dos caras. Isso vale para os filmes também. Sou fã!

Beijo.

el escama disse...

E fica a lição que nem sempre o que o camarada bebum fala no caminho pras feirinhas da vida é indigno de Jeová...