Após um longo tempo longe, volto animado a escrever neste blog.
Não á toa, queridos e queridas.
O que me despertou para esta volta foi conhecer uma pessoa que, sem nem mesmo me conhecer pessoalmente, disse que era leitora desta modesta publicação virtual.
É bacana, porque sei que a maioria dos leitores deste blog é formada por pessoas que eu conheço, amigos e colegas. E é muito bom saber que há pessoas que não me conhecem que vêm aqui, lêem e gostam, se identificam.
É uma baita massagem no ego. Um sentimento de dever cumprido.
Bueno, hoje vou falar sobre tempo, pessoas diferentes, meio que uma volta no tempo.
Como a maioria já sabe, eu voltei a estudar. Entrei an faculdade de publicidade no começo do ano e têm sido uma experiência muito bacana. E não tem nada a ver com a faculdade em si, matérias e tal.
Estar de volta ali, sem conhecer ninguém é bem esquisito.
Eu não sei lidar muito com o lance de convívio com pessoas que eu não conheço. Por mil motivos.
A começar por eu ser um péssimo fisionomista. Demora pra eu me acostumar com um rosto, assim, sempre parece que estou meio que conhecendo a pessoa naquele momento, já que nunca me recordo do rosto.
Além do mais não tenho jogo de cintura para puxar conversa e coisas do tipo. Se eu já conheço a pessoa, beleza, converso na boa. Mas se não conheço, não consigo. Fico quieto a maior parte do tempo. Falo pouco...
Isso definitivamente é um problema.
Já soube de pessoas que, no primeiro momento, me acharam muito sério e tal, e por isso não puxaram conversa.
Por isso a faculdade têm sido um desafio.
Tenho que fazer trabalhos em grupo e etc.
Além do mais, boa parte das pessoas ali são mais novas. Com referências muito diferentes das minhas.
Outra dificuldade: Como eu já fiz jornalismo, entrei no segundo ano da publicidade, pois eliminei várias matérias.
Assim sendo, as turminhas já estão meio que formadas, todo mundo se conhece e conversa livremente. De repente eu entro no meio disso.
O fato é que preciso aprender a ter jogo de cintura, conversar mais, não ter medo de confundir uma pessoa com a outra e etc.
Coisa bem difícil pra alguém como eu que tem aquela auto-estima abaixo de zero na maior parte do tempo.
Rejeição?
Não obrigado, prefiro ficar quieto no meu canto.
Mas isso precisa mudar.
Desejem-me sorte.
Passarinho, que som é esse?
Para muitos é um espanto, mas eu sou fã ardoroso de James Taylor. Poucos cantores conseguem essa versatilidade e doçura.
Eu não sou grande fã de coletâneas, mas este disco, lançado em 1976 é tão perfeito que eu nem considero uma mera coletânea. Até porque algumas das músicas foram re-arranjadas.
James Taylor tem um currículo invejável. Foi a primeira (e certeira) aposta da Apple, sim a gravadora que os Beatles criaram. É elogiado por gente como Carole King e David Crosby.
Mas vamos ao disco.
A música de abertura é Something In The Way She Moves. Uma canção minimalista. Só ao violão e com um backing vocal impecável. Ela já dá o tom do disco.
Seguem-se Carolina On My Mind e Fire And Rain, esta última cantada com tamanha paixão que derrete o coração de qualquer ogro.
Sweet Baby James é um caso à parte. Uma das músicas mais bonitas do século vinte. Composta como uma canção de ninar para seu sobrinho e virou um de seus maiores sucessos.
Enfim, o disco é recheado de canções sensacionais. Saborosas, atraentes, bem escritas e bem arranjadas.
Ainda há de se destacar o hino You've Got A Friend, canção originalmente escrita por Carole King, mas imortalizada por Taylor. O arranjo desta música é irretocável. Franco e suave, contando com backing vocais na medida.
Ainda no quesito versões temos How Sweet It Is (To Be Loved By You), de Marvin Gaye, que ganhou um ar mais jazzy, um pouco menos dançante, mas ainda assim apaixonante.
Bom, em resumo, não dá pra tirar nenhuma faixa deste disco.
Não há a menor necessidade de se pular um ou outra faixa.
Até a sequência das músicas é perfeita. Vai crescendo, tem um miolo ali mais açucarado com Fire And Rain, Sweet Baby James, You've Got A Friend e Don't Let Me Be Lonely tonight. Depois dá uma esquentada com How Sweet Ot Is e Mexico, volta a dar uma caída coma belíssima Shower The People e termina explosiva com a blueseira Steamroller, numa versão arrebatadora ao vivo.
O disco é ideal para dias reflexicos, para casais apaixonados, pessoas solitárias, festinhas íntimas, músicos, amantes de música...
Ah, só pra constar, o disco conta com participações de Joni Mitchel, David Crosby, Carole King...
Está eternamente no meu top 10 discos de cabeceira.
Vai lá baixar!
Este disco é para quem gosta de:
Passear de mãos dadas com a pessoa amada, vinho tinto, música de velho, filmes do Richard Linklater, folk, Crosby, Stills & Nash e do seriado Anos Incríveis.
Aperta o play, Macaco! - Steamroller - James Taylor
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2 comentários:
Finalmente atualizou, caralho!
Saudaaaaade...
Porra não abandona mais... rs
E se te surpreende... Baixei esse disco a mais ou menos um mês, qd vi aqui meu olho brilhou de alegria.
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