Estou tão animado com este post que nem sei direito por onde começar.
Vou seguir o que está se tornando um padrão neste blog: Falar algumas paradas da minha modesta existência em paralelo com um filme.
Mas desta vez é diferente porque não foi o caso de eu assistir o filme e pirar e pensar na minha vida.
Acontece que eu pensei em vários aspectos da minha vida e associei a um filme.
Isso tudo depois de uma conversa dessas que a gente tem poucas vezes na vida. Dessas que tu não acredita que pode falar tanta coisa, ser tão pessoal...e ser correspondido, compreendido. E tu se empolga e fala, fala, e vai embora com coisas ainda por dizer. Coisas entaladas na garganta.
Das coisas ditas tu se dá conta de como falou coisas que beiram o patético por serem tão simples. E se sente feliz por dizê-las.
É como dizer frases do tipo "Idiota é quem faz idiotices." Tu querendo dizer, Hey, não diga que tu é assim ou assado, porque tu não age como tal. Tu simplesmente tem medo, tem uma tolerância e etc.
Por aí, já deu pra sacar que eu vou falar de Forrest Gump.
Robert Zemeckis de novo? Pode perguntar o intrépido leitor.
Pois é. Que culpa tenho eu desse puto fazer tantos filmes tocantes ao ponto de tu se identificar e ficar com eles na memória?
Forrest Gump é um cara que viveu. Independente do mundo, das pessoas...
Um egoísta?
Não. Um cara que viveu como achou que deveria viver. Se incluindo (ou não) como achava adequado na sociedade.
E falava com as pessoas, colocando seus pontos de vista, como a vida era, como a vida dele era...
E, meu deus, que filme memorável, irretocável...
Porque a vida é assim. Acostume-se.
Mas viva da melhor forma possível para você!
Tom Hanks está um absurdo atuando neste filme.
Se não ganhasse o Oscar, todos na Academia mereceriam a morte imediata.
Com certeza Forrest é um dos personagens mais marcantes da história do cinema.
Porque isso tudo faz sentido pra mim?
Porque eu saí por aí dizendo uma porção de coisas.
Coisas do tipo "Idiota é quem faz idiotices.".
E isso valeu para mim. Talvez mais para mim do que para quem tenha me ouvido dizer.
Sabe aquele sentimento de ouvir uma música que tu escreveu há um tempo atrás e perceber que aquela canção era você dizendo para si mesmo alguma coisa relevante?
(Tem pelo menos um dos poucos leitores deste blog que eu sei que vai dizer que "sim".
Porque a gente começa reclamando de tudo e achando tudo uma merda.
A sociedade é injusta, a humanidade é podre...
E de repente estamos todos querendo simplesmente ser amados, mas morrendo de medo disso. É tão contraditório que chega a ser poético.
O difícil não é encontrar o amor, o difícil é aceitá-lo com seus prós e contras.
Correr o risco de viver por alguma coisa.
Acreditar.
Eu me sinto Forrest Gump porque estou nessa onda.
Ainda mais agora.
Porque estou fazendo uma coisa, outra...vários projetos, sem saber o que vai acontecer. Mas sabendo que o lance é seguir em frente.
Porque SIM.
E, mesmo sem saber direito o que é isso, querendo um amor.
Um amor.
Cara, isso me soa poesia pura.
Geralmente eu levo um tempão para escrever um post. E agora me faltam palavras.
Idiota é quem faz idiotices!
Pense nisso enquanto eu vou no banheiro!
Passarinho, que som é esse?
Comece sabendo que Frank Jorge é mestre!
Um dos pilares fundamentais do rock gaúcho!
Fez parte dos Cascavelelletes, Graforréia Xilarmônica, Cowboys Espirituais...e ainda assim lançou alguns discos solos perfeitos.
Este Carteira Nacional de Apaixonado foi o primeiro deles.
Neste primeiro disco, lançado em 2000 pela Barulhinho Discos, Frank jogou no liquidificador todas as suas influências e concluiu que boa parte dela vinha da Jovem Guarda, e bebeu nessa fonte, mas sem perder o espírito psicodélico, folk e tudo mais que envolve sua obra em diversas bandas em que participou.
O começo já dá a dica. Vou Largar A Jovem Guarda. A simplicidade emociona. "Vou ouvir mais conselhos para enriquecer/Vou seguir novas regras, melhor conviver".
E por aí segue o disco.
Como se fosse um tipo de confessionário...de coisas feitas, de esperanças, de medos, de opiniões sobre as pessoas...
Aprendi nessa vida de várias maneiras que menos é mais. Que o complicado é ser simples.
E Frank Jorge emana simplicidade de forma impressionante.
Na canção Sensores Unilaterias está a belíssima frase "Tudo que eu sonhar espero concretizar com o tempo/O que já foi passou/Com você só penso na estrada/E nada mais".
OLHA ISSO!!!
Vou repetir: "Tudo que eu sonhar espero concretizar com o tempo/O que já foi passou/Com você só penso na estrada/E nada mais".
Eu podia acabar essa resenha aqui.
Mas vou além porque o disco ainda tem canções como Prendedor, Homem de Neanderthal (re-gravada pelo Ira!), Não Recebo em Dólar e a sensacional Cabelos Cor de Jambo onde encontramos a pérola: "Um pouco de talento não faz mal a ninguém/Yeah yeah yeah/Pra se confirmar na vida tem que ter muito amor/E mesmo assim eu vejo, estou longe de você".
Chega!
Cara, pára tudo e vá ouvir esse disco AGORA!
Este disco é para quem gosta de:
Ver significados em canções diversas, ficar em dúvida, se apaixonar, rock de qualidade, Coca-Cola com baunilha, falar por horas, pessoas.
Aperta o play, Macaco: Falling Slowly - Glen Hansard
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4 comentários:
Sim!
Olha sóoo
Cada dia coisas que fazem a gente pensar mais! É meu caro: a vida é feita de escolhas...querer sempre queremos. Agora abraçar com todos os riscos, daí já é outra conversa!
Por que vc me faz tão bem?...
Nunca comentei e agora sera o primeiro!!!! Saudade de voces!!!
Ps: Ameiiii o cd garoto!=)
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