sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Silly Love Songs

Uma das coisas que mais me atrai no cinema e nas artes em geral, é o fato de poder ser surpreendido a qualquer momento.
Assistir a um filme, ouvir uma canção...e ser abruptamente tomado por determinado sentimento.

Também tem a liberdade.
Não só a liberdade criativa. Mas a liberdade de compreensão, interpretação...
A liberdade de se apaixonar.
E nessas horas a simplicidade, a ingenuidade...são coisas que tornam tudo mais encantador.

A música sempre me acompanhou quando estive apaixonado.
Além, é claro, de eu sempre ter sido apaixonado por música.

E quando você se desliga um pouco, fica vulnerável...
Mas o bichinho do coração está sempre ali mordendo. Faminto esperando uma paixãozinha que seja.
Todo mundo que não está apaixonado, sonha em se apaixonar.
Todo mundo que está apaixonado e não pode sequer pensar em ter a pessoa amada, também sonha em se apaixonar (por outra pessoa, claro).

Eu também sou assim.
Sonho em me apaixonar.

E um filme fez com que eu viesse aqui dizer isso tudo.
Um filme que eu dificilmente procuraria, já que sempre fui avesso a comédias românticas. Mas acabei vendo na TV este filme.
E fiquei encantado.

Letra e Música, Music and Lyrics no original, é uma comédia romântica.
Um filme que ganha o espectador por ter um roteiro levíssimo e despretensioso. E tem um charme a mais por se tratar de música, explorar de forma engraçada o revival dos anos oitenta.



Basicamente o filme gira em torno de Alex Fletcher (Hugh Grant), um astro pop dos anos oitenta que tenta desesperadamente escapar do ostracismo. Ele tem a oportunidade de voltar ao showbizz, mas para isso preciso compor uma canção nova. Como nunca fora letrista, casualmente ele acaba fazendo uma parceria com Sophie Fisher (Drew Barrymore), que cuidava das plantas do cantor e acabou se mostrando boa com as palavras.

Entre idas e vindas, é óbvio desde o início para todo mundo que eles vão acabar juntos.

O que interessa aqui é o meio do caminho.
Há de se dar o braço a torcer para Hugh Grant que consegue fazer uma atuação eficaz, no limite entre o mimado preguiçoso e o charmoso inseguro. Drew Barrymore também está encantadora.

É um filme onde não se cabe exigir uma fotografia primorosa ou um roteiro complexo. Não é um filme para ganhar prêmios.
É entretenimento.
E é muito eficiente nisso.

Além de ser sim muito emocionante, com um final de arrancar lágrima dos olhos de qualquer garota. Também pode fazer cair um cisco nos olhos de alguns marmanjos desavisados.

Eu recomendo mesmo este filme.
É uma comédia romântica. Mas sem o peso pejorativo do termo.

Sem contra-indicações.


Passarinho, que som é esse?


Cowboys Espirituais - DeLuxe

Antes de qualquer coisa, os Cowboys Espirituais é uma mega-banda, que reúne músicos de bandas fundamentais do rock gaúcho.
Dito isso, acrescenta-se o fato de produzirem uma mistura irresistível de country, folk e rock n' roll.
A banda foi formada em 1998 capitaneada por Julio Reny (Expresso Oriente) em parceria com Marcio Petracco (TNT) e Frank Jorge (Graforréia Xilarmônica).
Lançou o primeiro disco homônimo naquele mesmo ano.
Em 2000, Frank se desligou da banda amigavelmente para seguir sua carreira solo, mas ainda participou das gravações do segundo disco da banda: DeLuxe.

O primeiro disco, Cowboys Espirituais, vinha carregado de melodias calcadas no bluegrass e country, com uma sonoridade retrô.

Já este DeLuxe dá mais forma à proposta da banda de mesclar tais melodias do primeiro disco, com uma pegada mais rock. Aqui temos mais guitarras e várias canções que bem poderiam ser um bluegrass, mas soam mais como rocks devido às guitarras de Petracco estarem mais presentes.

O disco abre com Jesse James, música sensacional, uma viagem ao velho oeste com steel guitar e tudo. Por ser a primeira faixa, é a canção que mostra a que veio o disco.

Seguem-se A Última Dança, Amor e Morte...canções fortes. Praticamente rocks.
O disco conta também com belas baladas como Você Não Pode Parar e A Noite Vem Caindo.
O country de raiz está bem representado nas excelentes Paisagem Campestre e Tem Gente Que É Feliz.

O disco ainda conta com duas versões muito bacanas. Por ser tão óbvio, os caras capricharam no arranjo country rock de Cowboy Fora da Lei do Raul Seixas. E a surpresa é a música Loira Loirinha, clássico da dupla Tonico e Tinoco. A música ganhou uma introdução hard rock, mas seguiu na linha country festiva dos cowboys.

É um disco saboroso pra ouvir naquele churrasco na fazenda ou no boteco jogando sinuca.
Diversão garantida em 13 músicas com arranjos caprichadíssimos e interpretação ídem.

Recomendado.


Este disco é para quem gosta de:
Usar chapéu e botina, cheiro de terra molhada, cerveja, Hank Willians, fumar cigarro de filtro vermelho, Lynyrd Skynyrd, carne mal-pasada, guitarras Telecaster.

Aperta o Play, Macaco! - Hey, Johnny Park! - Foo Fighters

2 comentários:

Ian disse...

Fala Paulão!

Seu blog tá muito bom! acompanho todos os posts! Massa.... e depois gostei muito do filme do Hugh Grant!

Abs

Carolina Ito disse...

Aee mais uma atuaização!
Eu assisti esse letra e música tb acho q esse filme se saiu mtu bem entre tantos outros filmes de comédia romântica q tem por aí... Acho q esse gênero está em ascenção pq assisti um com o Johnny Depp esses dias, foi chocante. O filme chama "O turista", confesso q achei fraco.