quarta-feira, 20 de julho de 2011

Feeling Strangely Fine

Às vezes é bem complicado pra mim escrever aqui.
Escolho o filme sobre o qual o texto vai abordar. sem uma idéia prévia do que irei dizer.

Mas, uma vez o filme escolhido, não gosto de mudar.
Quando tenho dificuldade de expressar o que o filme me passou, encaro como um desafio conseguir fazê-lo.

E hoje, escrevi e re-escrevi sobre este filme muitas vezes. Mas nunca me parecia o ideal.
Só agora me dei conta de que a maneira certa é ser o mais pessoal possível, assim, talvez, eu consiga transmitir com mais clareza toda a essência deste filme que me encantou tanto.

Para a surpresa de muitos, hoje falo sobre Sex And The City (Sex And The City - O Filme) lançado em 2008 e dirigido por Michael Patrick King.

Começo dizendo que este é o ponto de vista de alguém que nunca assistiu o seriado da TV, portanto, minha base é unicamente este filme.
Sinceramente não sei como foi a aceitação por parte de quem era fã da série.

Sex And The City é um filme surpreendente!
Primeiro porque aborda um mundo desconhecido para a maioria de nós, homens: O universo feminino.
Segundo porque fala de maneira pura e sincera sobre amizade e companheirismo.
Confiança, lealdade...e, óbviamente, amor.

Provavelmente pela existência da série de TV as personagens tem uma profundidade diícil de se encontrar na maioria dos filmes desse gênero.
Carrie Bradshaw, a personagem principal interpretada por Sarah Jessica Parker é encantadora e muito carismática.

O roteiro é impressionantemente bem amarrado e repleto de reviraviravoltas que te deixam grudado na cadeira durante todo o filme. Quando tu acha que as coisas estão entrando nos eixos, vem alguma outra coisa e muda tudo! É fantástico!
O roteiro é escrito pelo também diretor Michael Patrick King em conjunto com o criador da série Darren Star e pela autora Candace Bushnell.

Essas três pessoas por trás do roteiro explicam a dinâmica veloz do filme, os diálogos bem construídos e a montagem espertíssima de Sex And The City, afinal, é um filme com muito da linguagem da TV.
O diretor Michael Patrick King se sai muito bem como estreante no cinema, uma vez que sua experiência veio toda da televisão.

É engraçado como há todo um preconceito com relação a esse filme, por ser muito "coisa de mulher" e tal.
Que besteira!

É sensacional existir um filme como este. Que te leva para dentro da cabeça das mulheres. Faz com que você as entenda melhor, as leve mais a sério e perceba o que realmente as faz feliz.
Claro, não é simples assim.
Mas é um bom começo para entendê-las.

Além do mais estamos aqui para falar de cinema.
E este é um filme repleto de cenas engraçadíssimas e emocionantes.
É um filme que, ao final, você poderá parar pra pensar no que representa de verdade a amizade para você.
Como você encara um relacionamento.
O que é o amor.

No fim das contas, você vai parar um pouco de se perguntar por quê elas ligam tanto para uma porra de uma bolsa de oitocentos reias e vai pensar mais sobre o que você pode fazer para que elas se sintam bem.

Afinal, não dá pra viver sem elas (as mulheres, não as bolsas).
Assim como não dá pra viver sem o cinema que nos traz de forma tão divertida tantas reflexões e entretenimento.

Portanto, aproveite.
Assista Sex And The City!

E seja feliz.

Passarinho, que som é esse?


Feeling Strangely Fine - Semisonic


Se tem uma coisa que eu admiro em uma banda é personalidade.
E isso esta banda americana sempre teve.

A banda Semisonic começou em 1995 quando lançou seu primeiro EP, sem grande repercussão.
Em 1996 lançaram o disco Great Divide, que teve alguma notoriedade nas college radios americanas.
Mas só dois anos depois, em 1998, é que a banda foi catapultada para o sucesso com dois hit singles: Closing Time e Secret Smile.
Era lançado assim o terceiro disco da banda, Feeling Strangely Fine.

O guitarrista Dan Wilson é um compositor fantástico. Escreve melodias simples, mas memoráveis, e junto com o baixista John Munson e o baterista Jacob Slichter, desenvolvem arranjos caprichados. Desta maneira a banda consegue ficar no limiar entre o indie e o pop.

Feeling Strangely Fine é o disco que melhor representa a banda. Com baladas invejáveis e hits instantâneos.
Além das já citadas Closing Time e Secret Smile, o disco ainda conta com a radiofônica California e a empolgante Singing In My Sleep.

Há de se citar a produção impecável de Nick Launay, que já trabalhou com gente como John Lydon, Lou Reed, The Church, Nick Cave e Silverchair. A clareza dos instrumentos junto com pequenos detalhes "barulhinhos" inseridos...dá um sabor todo especial ao disco.

Mas o que mais me impressiona é a mão que Dan Wilson tem para baladas tão bonitas. Made To Last é linda com um piano martelado e Gone To The Movies é dessas que tu sai cantarolando pela rua pensando na sua garota. Sem contar Secret Smile, que sempre foi das minhas favoritas, com um arranjo de rasgar qualquer coração.

Disco mais que recomendado. Sem contra-indicação.
Vai lá ouvir!


Este disco é para quem gosta de:
Vodka com energético, andar na moda, Snow Patrol, filmes do Cameron Crowe, paquerar na porta da balada, Teenage Fanclub, All Star limpo, cores frias.


Aperta o play, Macaco! - The Killing Moon - Echo and The Bunnymen

3 comentários:

Mirian Martini disse...

Paulo, hoje mais do que nunca vc é meu orgulho!
'Sex and the city', é uma 'baita' série, e os filmes (já que vc quer a opinião de uma fã) não deixa nada a desejar. Os personagens são sensacionais e totalmente diferentes uma da outra, e quando vc menos espera, ou espera uma atitude girly de qq uma delas, vc recebe uma surpresa reflexiva. Eu adoro esse conflitos, e ver o amor e a amizade sob a perspectiva sincera das mulheres é muito bacana. Enfim, assista o dois tb.
Beijos querido!

Paulo disse...

Assisti o dois e achei bem fraquinho...

Mirian Martini disse...

é fraquinho e o conflito central é bem batido, mas eu ainda gostei da maneira como foi trabalhado, e as personagens cresceram muito.