quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tempos difícies.
Ao mesmo tempo são tempos maravilhosos e perturbadores.

Começo já falando de mim mesmo porque me rescuso a ir contra a avalanche de idéias.
Espero que você entenda quando eu chegar ao final do texto.

Como eu dizia, tempos difíceis e maravilhosos.
Porque minha vida está um turbilhão. Tenho feito mil coisas. Pensado em outras quatrocentas mil coisas...

Não vou entrar em detalhes para não chatear quem lê (você), mas posso dizer que tenho feito muita coisa que não tenho lá muito interesse...os trampos com meu pai...construção, cobrança, escritório e etc...Que consomem muito tempo, muito da cabeça com problemas e etc...Mas ao mesmo tempo, fazendo tudo me sinto útil.

Mas é uma merda...

Estou na faculdade de publicidade. Que não tem infra-estrutura, com professores de merda e trabalhos com prazo curto que tenho que conciliar com os trampos com meu pai...É uma correria do caralho, cansativo, angustiante...Mas, cada vez mais eu sinto que é isso que eu quero fazer.
Que não seja exatamente publicidade, mas trabalhar com comunicação...

E tem tudo o mais.
Tem toda uma vida aqui dentro de mim que não se encontra.

Sabe o que eu quero de verdade?
É ser reconhecido. Valorizado...
É egoísmo, eu sei.
Talvez aqui eu perca uma parte dos leitores deste blog que me enxergam como uma pessoa romântica e autruístra.

Mas, de verdade, me faz mais feliz ver uma pessoa feliz com alguma coisa que eu tenha feito por ela, do que algo que eu faça por mim simplesmente.

É meio difícil de entender.

Mas eu quero ser amado.
Veja bem, não falo aqui de idolatria. De mil pessoas me pedindo autógrafo e o caralho. É o reconhecimento de quem eu conheço e me importo.
É você, que lê meu blog e me escreve três linhas nos comentários e me deixam extasiado. Veja por exemplo o comentário que recebi no último post:
"O melhor post de todos os tempos - não apenas do seu blogue, mas de todos os outros que eu tenho acessado por aí! Havia muito tempo eu não me sentia assim: com essa coisa de ler algo, me identificar e não conseguir fazer mais nada que não seja parar e pensar na vida... e pensar exatamente no que foi dito por você... coisas que só o tempo e uma boa dose de otimismo são capazes de nos mostrar. São essas sensações e certezas (ainda que sejam raras e delicadas) que nos tornam melhores do que pensamos ser."
Quando eu leio um comentário desse tipo, eu fico muito louco...sem saber o que pensar direito. Porque eu paro pra perceber que é algo que eu escrevi aqui sem pretensão nenhuma...e que de repente, faz sentido para alguém.
Ainda mais quando esse alguém é alguém tão especial....especial mesmo.

Ou quando o cometário diz assim:
"Te amo! Não falo isso com frequencia... Mas as lágrimas que correram por aqui me disseram que era a frase certa... Lágrimas por causa do tapa que sinto quando leio coisas assim ... que me botam pra frente... Que me mostram coisas mais importantes que nós mesmos. Te Amo"

Pensar que eu arranquei lágrimas de alguém por causa de meia dúzia de palavras que eu escrevi...meu deus...(deus esse que eu não acredito)...eu só posso dizer EU TE AMO AINDA MAIS, GABRIELA! Não só por causa dessas palavras escritas aqui, mas por tudo que nós já conversamos na vida real.

Vida real...

SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL ASSIM???

Em contra-partida ao post anterior, venho hoje, pessimista, falar sobre loucura, vida real, sociedade e tudo mais.

E em se tratando de loucura (ou pretensa loucura), venho hoje lhes falar do filme Secretária.

Um filme único.
Por sua estética B com um pé em Hollywood, por seu roteiro perturbador e apaixonante, pela linha tênue que divide o filme entre o agressivo e o delicado...

Todos os créditos aqui acabam ficando com Maggie Gyllenhaal, uma atriz soberba que esbanja charme e talento.
Ela faz o papel de Lee Holloway, uma jovem que acaba de ter alta de um sanatório e tenta se re-estabelecer na sociedade e acaba se empregando como secretária de um advogado excêntrico.

E tudo se resume em como você enxerga a sua vida, a sociedade e tudo em sua volta...
O quanto o mundo te machuca!
E machuca muito, cara!
Muito!

Este filme, Secretária, de 2002, originalmente Secretary, dirigido por
Steven Shainberg é maravilhoso e está, sem dúvida, no meu top ten de filmes mais fodas...
Mas este filme é só pra ilustrar um pouco esse momento da minha vida.

Momento em que eu voltei a ler Jack Kerouack.
On The Road é o livro da minha vida com certeza! Deve ser a milésima vez que leio este livro e ele ainda é encantador, enigmático e desperta sentimentos malucos em qualquer um.

Eu ando pela cidade (seja que cidade for)...ando pelo centro da cidade e vejo todas essas pessoas andando...umas apressadas, outras meio perdidas...
E sonho em ser todas elas.
Vejo dezenas de garotas, mulheres, lindas e fico imaginando no que elas estão pensando naquele momento...porque estão tão apressadas, tão pensativas, tão cabisbaixas...
Queria tanto entrar nesse mundo e dividir tudo com essas mulheres!

Vejo toda a loucura da cidade.
E o que me fascina é o movimento. São as pessoas que passam achando que estão ali despercebidas na multidão...mas eu estou ali observando enquanto tomo um café na esquina.

E é triste porque tu se dá conta que muitas vezes queria ser qualquer uma dessas pessoas desconhecidas...
Às vezes eu olho e queria ser aquele cara apressado, ou o maluco, ou o guarda de trânsito...queria ser qualquer um....
Só não queria ser eu mesmo.

Me pergunto de novo e de novo porque todas as garotas que eu conheço não se interessam por mim de verdade...é sempre vazio.
Não vazio.
Mas todo mundo acaba querendo ser amiguinho...mas ninguém quer se envolver...
Sempre acaba escolhendo o cara logo ao lado de mim.
Como se disesse "Olha, você é legal, mas eu estou com esse outro cara..."

Merda, cara!

Enfim, isso está se estendendo muito e não vai chegar a lugar nenhum.

Torçam para que o bom humor e o otimismo voltem no próximo post.


Passarinho, que som é esse?


A EXTRAVAGANTE SAGA DE TCHAMBIE EM BUSCA DE UMA MALDITA CANECA DE CAFÉ DECENTE - Senador Medinha

Logo que a banda Vídeo Hits foi pro vinagre, seu vocalista, Diego Medina, embarcou num projeto solo. Segundo ele, um desejo antigo, gravar uma ópera-rock. Mas nada muito conceitual como Hair, ou Tommy. Uma ópera-rock muito leve, quase uma fábula infantil.

Para colocar isso em prática, Diego Medina usou o pseudônimo Senador Medinha, convocou Quico, um amigo e integrante d'Os Massa e ficou de março a junho de 2002 gravando e mixando a obra.

O resultado disso tudo foram 20 faixas que contam a história do pequeno Tchambie, que, ao perder acidentalmente uma caneca que ele herdou de seu avô, percorre os mais inusitados lugares ao lado de seu inseparável amigo Wambous tentando achar outra caneca.

O humor de Diego Medina é incrivelmente autêntico, recheado de referências a desenhos animados, ele vai narrando a história com muito bom humor e originalidade enquanto vão tocando as músicas que vão da insanidade dos Fantômas à doçura do Teenage Fanclub.

Para baixar essa beleza procure no site http://www.diegomedina.com/


Esse disco é para quem gosta de:
Desenhos animados com humor negro, cores vibrantes, Super Furry Animals, sorvete de creme, Monty Phyton, roupas confortáveis, doces e balas, café forte e luagres espaçosos.


Aperta o play, Macaco - 21st Century Breakdown - Green Day

5 comentários:

Bruuuuuna disse...

Adoroooooo let ser blog!!!! Nao tango explicacao para Tao fato!!! So seu fizer q adoro pegar( e nao perder minutes) meu tempo e ler suas ideias!!! Owhhh saudades das mesas de bar.... Precisa vir p ka.. Casa aberta pra voce!!!! Bjaooo

Anônimo disse...

Ah, sem palavras de novo! Talvez pq muito do que tem aqui seja o que eu escreveria.
Ah, estarei pelas ruas marilienses neste fim de semana. Se estiver pelas ruas daí!
abçs!

laura disse...

Lendo esse novo post tive mais uma certeza: algumas pessoas são pessoas substitutas (como em Elisabethtown)e dói! Sabe aquele lance de aparecer na hora certa, do jeito certo, mas ser o outro e não você? Pode crer, isso é comum. Nem sempre somos protagonistas.

laura 2 disse...

pra falar a verdade na maioria das vezes somos como coadjuvantes em uma história muito maior e longe do nosso alcance... O que foi o 'tapa na cara' da Gabriela no post passado, nesse foi o meu. Obrigada, até com o seu pessimista você faz sentido! rs

laura 2 disse...

pra falar a verdade na maioria das vezes somos como coadjuvantes em uma história muito maior e longe do nosso alcance... O que foi o 'tapa na cara' da Gabriela no post passado, nesse foi o meu. Obrigada, até com o seu pessimista você faz sentido! rs