terça-feira, 31 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
Mudanças
Com o outono, chega a sensação de mudança.
Passou o carnaval e, dizem que, agora o Brasil começa a funcionar.
Eu nunca entendi muito de políticas e etc. Sempre fui do tipo "amar e mudar as coisas me interessa mais".
Mas nota-se que as coisas andam meio erradas neste país.
Um delegado que se diz preocupado com a eficiência da polícia e admite a existência de milícias e comandos de extermínio é preso. O cara que atirou no pessoal que estava trabalhando no loteamento onde eu trabalho foi preso, reconhecido na delegacia e mesmo assim foi solto! Um outro cara que mora na mesma favela que esse cara que atirou no turma do loteamento foi preso porque não pagou pensão alimentícia...e ficou em cana!
Polícia civil e militar que deveriam trabalhar em conjunto, não só não se bicam, como o que uma puder fazer pra atrasar o lado da outra, faz.
E assim vai.
Bandido cada vez mais se acha dono do mundo, se acha intocável...
Polícia civil e militar que deveriam trabalhar em conjunto, não só não se bicam, como o que uma puder fazer pra atrasar o lado da outra, faz.
E assim vai.
Bandido cada vez mais se acha dono do mundo, se acha intocável...
Tinha que começar a aparecer por aqui uns malucos que tem nos Estados Unidos como o Master Legend, que se auto-entitula siper-herói da vida real. Trata-se de um cara que, simplesmente, se fantasiou e saí pela rua atrás de bandidos.
A Rolling Stone publicou uma matéria muito bacana sobre esses figuras.
Claro que eu falo e tal...acho muito bacana, mas deixo pros malucos de verdade.
Eu que não me meto a besta de me mascarar e sair balançando minha pança Vila Barros afora em busca de bandidos.
Faço minha parte pela paz no mundo tocando canções doces e melodiosas para tentar abrandar alguns corações.
Minha demo está para sair em breve.
Faltam duas músicas a serem gravadas, o que acontecerá assim que meu produtor, Marcão Desco, retornar de sua lua-de-mel.
A capa ficou bacana, por conta do bom e velho el escama.
Enfim, a coisa está encaminhada.
Enfim, a coisa está encaminhada.
Enquanto espera o troço sair, dá uma olhada no myspace onde você pode ouvir algumas das canções que entrarão na bolachinha.
Peguei minha camerazinha digital e saí pela cidade em busca de coisas para fotografar.
Estava meio enferrujado e a câmera não ajuda muito, pois o foco dela é bem ruim.
Estava meio enferrujado e a câmera não ajuda muito, pois o foco dela é bem ruim.
Mas algumas fotos se salvaram e coloco elas abaixo aí pra vocês conferirem.
Sinto falta de fotografar com a minha velha Zenit manual. Mas só de pensar que entre comprar filme e revelar, a brincadeira fica em pelo menos vinte reais, eu desanimo.
Mas, afinal de contas, o que é a vida, senão uma visão desfocada e nublada por sentimentos inexplicáveis?
Mas, afinal de contas, o que é a vida, senão uma visão desfocada e nublada por sentimentos inexplicáveis?
Passarinho, que som é esse?
O CAKE sempre foi uma banda surpreendente.
Desde seu início na California, já chamava atenção por seu estilo dançante, misturando diversas influências.
Apesar de seu primeiro disco, Motorcade of Generosity, ter sido lançado em 1994, a banda só ganhou notoriedade em 1996 com este Fashion Nugget, puxado, principalmente, pela impagável versão de I Will Survive de Gloria Gaynor.
Mas o disco vai muito além.
Numa mistura precisa e deliciosa de country, funk, rock, ska e pitadas de hip hop, a banda faz de Fashion Nugget um disco irretocável!
As principais características da banda são o singular vocal de John McRea, suas letras irônicas, bem humoradas e inteligentes e o trompete marcante de Vince DiFiore.
Numa mistura precisa e deliciosa de country, funk, rock, ska e pitadas de hip hop, a banda faz de Fashion Nugget um disco irretocável!
As principais características da banda são o singular vocal de John McRea, suas letras irônicas, bem humoradas e inteligentes e o trompete marcante de Vince DiFiore.
No Brasil o CAKE ficou mais conhecido só em 1998, com o terceiro disco, Prolonging The Magic, que trazia entre outros sucessos as matadoras Never There e Satan Is My Motor.
Mas Fashion Nugget já vinha recheado de hits instantâneos.
Mas Fashion Nugget já vinha recheado de hits instantâneos.
O disco já abre com a emblemática Frank Sinatra, que chama a atenção pela letra intrigante e pela melodia saborosa beirando o rock alternativo de bandas como Pavement.
Também destacam-se The Distance e Nugget com uma levada dançante e repetitiva remetendo ao hip hop, mas com riffs criativos e sonoridade crua.
Friend Is A Four Letter Word é das mais conhecidas do disco e, sem dúvida, das melhores composições de McRea. A letra é linda e a música é pungente. McRea praticamente recita os versos enquanto a guitarra não para, com um solo na cara e uma energia incrível!
Friend Is A Four Letter Word é das mais conhecidas do disco e, sem dúvida, das melhores composições de McRea. A letra é linda e a música é pungente. McRea praticamente recita os versos enquanto a guitarra não para, com um solo na cara e uma energia incrível!
Com uma levada mais country She'll Come Back To Me também ficou bem conhecida e é dessas músicas deliciosas de se ouvir, com uma levada cheia de suíngue e doçura. Menos conhecida, mas também uma saborosíssima canção alt-country é Italian Leather Sofa. Mais uma canção com uma letra super bem humorada e inteligente e um riff de guitarra grudento.
Não posso terminar a resenha sem falar das duas excelentes versões que a banda incluiu no disco.
A primeira é a, já citada, I Will Survive, que ganhou um tratamento rock n' roll com um suíngue inacreditável. O baixo de Gabe Nelson é surpreendente.
A segunda é a improvável Perhaps, Perhaps, Perhaps, versão em inglês do sucesso Quizás, Quizás, Quizás, clássica canção da música latina imortalizada na voz de Nat King Cole e do Trio Los Panchos. Nesta versão a banda abusa da latinidade de seu trompete, mas não economiza nas guitarras deixando a música super atraente.
É um disco fundamental para amantes de boa música!
Este disco é para quem gosta de:
Viajar com os amigos, dançar, som alternativo, Kings Of Leon, comida mexicana, camisetas estampadas.
Dá o play, Macaco! - I'm Down - the Beatles
quarta-feira, 18 de março de 2009
Tired of sex?
Estive relendo alguns posts meus, tanto aqui, quanto no meu blog antigo. Relendo um comentário do el escama, me pus a pensar...
É interessante pensar no amor como uma convenção. Uma herança de uma sociedade cristã, moralista e etc.
Mallu Magalhães - Mallu Magalhães
Quando começou a crescer muito o falatório sobre a Mallu Magalhães, eu já fiquei com o pé atrás.
Este disco é para quem gosta de:
Dá o play, Macaco! - Mapas do Acaso - Engenheiros do Hawaii
É interessante pensar no amor como uma convenção. Uma herança de uma sociedade cristã, moralista e etc.
Claro, perde-se todo o romantismo da coisa.
Mas, racionalmente, se apaixonar, amar, acaba sendo um ato social.O rapaz se interessa pela garota, sente desejos e tenta conquistá-la.
Mas, racionalmente, se apaixonar, amar, acaba sendo um ato social.O rapaz se interessa pela garota, sente desejos e tenta conquistá-la.
Sim, porque sexo e amizade não é legal...tem que ter um compromisso.
Se ele consegue, começa um namoro. Se não consegue, vai pro bar se lamentar com os amigos.
Isso até conhecer outra garota.
Como homem, eu acho que seria legal isso.
Quero dizer.
Sexo pelo sexo, sem compromisso.
Não ter essa pressão toda de ter que conquistar a garota, namorar, ter briguinhas idiotas por ciúmes e etc...
Minha vida seria muito mais fácil.
A de todo mundo seria!
Mas o ser humano gosta é de complicar as coisas.
E eu acabo compensando meu lado cético acreditando que o amor é mais que uma convenção social.
Eu e el escama já conversamos por horas em botecos sobre isso tudo.
E sempre chegamos a mesma conclusão:
Eu finjo que não, tento escapar...
Mas eu não consigo querer uma garota sem estar, pelo menos um pouco, envolvido.
E não falo aqui só de amor incondicional.
Falo de tesão puro e simples.
Enfim...Definitivamente, eu estou precisando de sexo.
Urgente!
Passarinho, que som é esse?
Urgente!
Passarinho, que som é esse?
Mallu Magalhães - Mallu Magalhães
Aí veio a participação no disco do Marcelo Camelo (que ficou legal, admito)...virou meio hype.
Hype não é comigo. Então nem fui atrás.
Me mantive sem uma opinião formada, mas sempre com a dúvida ao meu lado.
Esses dias, buscando algum disco novo para ouvir, acabei caindo no link pra baixar o disco dela e mandei ver.
Depois de umas três audições, venho dar minha opinião.
É um disco muito legal por ser simples. Doce.
A garota convence na maioria das canções. A ingenuidade adolescente é refrescante para o folk-indie da adolescente.
Dou o braço a torcer.
Tchubaruba mereceu o falatório todo! É uma canção deliciosa! J1 também é linda. Abre o disco com perfeição.
Mas tem alguma coisa que ainda não me desce.
Não sei. Em algumas canções acho que os arranjos poderiam ser mais enxutos. É o caso de Angelina, Angelina e Vanguart, por exemplo.
É nítido que a graça das canções de Mallu é a doçura de sua voz por cima de arranjos simples como na singela Dry Freezing Tongue e na própria Tchubaruba.
Daria uma nota oito pro disco por algumas canções que se destacam muito pela sinceridade e belas melodias.
Talvez se o disco fosse mais curto, funcionaria melhor, não ficaria tão cansativo nas últimas faixas.
Este disco é para quem gosta de:
Acordar cedo, pagar de alternativo, Joni Mitchell, roupas de brechó, romances de verão, escrever em diários, Cat Power.
Dá o play, Macaco! - Mapas do Acaso - Engenheiros do Hawaii
quarta-feira, 11 de março de 2009
Deve haver alguma coisa que ainda te emocione...
O que ainda te emociona?
Eu gosto de pensar que são aquelas pequenas coisas que me emocionam. Um filmezinho surpreendente, uma bela canção...
Uma caminhada sem rumo num domingo de tarde enquanto fumo um cigarro. Parar pra tomar um café... Sonhar com um futuro promissor. Sentir-se livre.
É confortante pensar nisso tudo. Porque me faz ver que eu não estou tão distante do que eu tenho por humanidade.
A imperfeição.
Eu penso que não é tão ruim assim, às vezes. Eu não posso dizer que estou dando tudo de mim, mas estou me esforçando para sair de onde estou e chegar a um lugar melhor. Tenho plena consciência de que isso não é nada fácil. É quando você vê um filme e se identifica com o cara que se fode mas não abre mão de ser uma pessoa bacana. Inconscientemente, claro. É quando você ouve uma canção e sente ali no fundo aquela enrgiazinha fluindo...
Por esses dias, toda vez que ouço Maybe I'm Amazed do Paul McCartney, me dá um aperto no peito no refrão porque ela é uma música tão forte e que o Paul canta com tanto tesão enquanto martela o piano, e aí vem aquele solo de guitarra...É de arrepiar, não tem jeito!
E eu paro pra pensar no agora. Paro pensar que de repente nem adianta mesmo a gente ficar planejando muito esse futuro que tanto falamos. Mas acho que ninguém consegue de fato fazer isso...
E mesmo assim, ainda me pego pensando que eu posso tentar fazer outra coisa qualquer...talvez abrir, um bar...sei lá. Qualquer coisa que me faça aprender alguma coisa diferente, mudar de ares...
É inevitável, cara! O futuro tá aí pra gente pensar nele. Mas sem exagero. Cada vez mais chego á conclusão que a gente tá nesse mundo mesmo pra se foder, então, façamos isso da forma mais divertida possível, mesmo levando umas cacetadas no caminho.
Isso tudo é tão batido, né...
Acho que chegamos no limite aqui.
Mas falemos de coisas boas bonitas e baratas!
Ah, as baratas! Que bichinhos mais fofura do pai!
Vamos hoje aprender sobre as batatas...digo...baratas.
As baratas são insetos, mas não qualquer insetos. São insetos quase invencíveis. Perdem apenas para as aranhas e para as tartarugas.
As tartarugas são a evolução natural das baratas. Notem a semelhança...O casco e tal...só que nesta evolução ela perdeu algumas patas e anda devagarinho, além de ter uma cabeça retrátil, botar ovos e ser réptil.
As baratas gostam muito de se divertir. Em suas horas vagas, passeiam pelas casas alheias assustando as pessoas. Mas todas elas têm emprego e família. Por isso não é bonito sair por aí matando esses pequenos seres asquerosos tão adoráveis.
Para maiores informações sobre este assunto, procure a Baratos Afins.
Obrigado.
Passarinho, que som é esse?
Leitores e leitoras desavisados que lêem aqui eu falando sobre Beach Boys, Beatles e coisinhas meigas, não imaginam que eu também ouço música de retardados mentais. Mas sim, eu escuto, e gosto muito.
Mas o KoRn é um caso à parte. Uma banda muito peculiar.
Despontou em 1994 se não me engano com um excelente disco de estréia levado pelo clipe da singela canção Blind. O disco é realmente muito bom.
Eles praticamente abriram de vez o terreno pra cena new metal entrar de sola no mercado musical.
O interessante é que eu não gosto de new metal! Pra mim, é tudo banda meia-boca...neguinho que mais faz cara de mal do que toca. E é um estilo chato de se ouvir...sei lá. Nunca me agradou. Mas o KoRn...
O KoRn, principalmente por causa do vocalista atormentado Jonathan Davis, é uma banda que me passa muito sentimento. Chega a doer a angústia de Jonathan ao cantar, é fora do normal. Mesmo assim, algo aconteceu e a banda desbundou. Além de exagerar nos flertes com hip hop e rap, a carga sentimental parece diminuir cada vez mais. Já no terceiro álbum da banda, Follow The Leader, a banda, pra mim já não é a mesma.
Pelo menos eles deixaram uma grande obra! Um disco matador! Trata-se do segundo disco da banda:
Life Is Peachy foi lançado em 1996 pelo selo Epic. Foi produzido por Ross Robinson, que virou queridinho das bandas de new metal, mas que tem em seu currículo produções de bandas como At The Drive-In!
Neste disco, o KoRn conseguiu misturar alguns elementos que eu acho fantásticos na música. Sentimento, agressividade, suíngue, peso, nervosismo, insanidade, melodias, mais peso...e letras muito legais, que vão da depressão à pornografia!
A faixa de abertura é uma pequena amostra do que o ouvinte vai encontrar pela frente. Esquizofrenia, peso e outras coisinhas.
Daí em diante, a porradaria come solta. A cada música o baterista David Silveria deixa claro que é um dos melhores bateristas da década de noventa com uma pegada desgraçada de potente e muita criatividade, dando a banda muito um andamento rítmico absurdo! As guitarras são insanas, cheias de barulhinhos misturados à distorções saturadas e o jeito todo especial de Munky e Head tocarem. O baixo é praticamente martelado por Fieldy com muita propriedade e peso! E os vocais de Jonathan Davis exorciza seus demônios em urros desesperados numa catarse de angustia e raiva contagiantes!
Os destaques deste disco ficam com as faixas Twist, Good God, K@#Ø%!, Pornô Creep e Swallow.
O recado tá dado, macacada! Corram atrás desse disco que vale muito a pena!
Este disco é para quem gosta de:
Chorar de raiva, bater cabeça, filmes do Rob Zombie, bermudão com corrente pendurada, Faith No More, brigar com o pai e bater a porta do quarto.
Dá o play, Macaco! - Unattainable - Little Joy
Eu gosto de pensar que são aquelas pequenas coisas que me emocionam. Um filmezinho surpreendente, uma bela canção...
Uma caminhada sem rumo num domingo de tarde enquanto fumo um cigarro. Parar pra tomar um café... Sonhar com um futuro promissor. Sentir-se livre.
É confortante pensar nisso tudo. Porque me faz ver que eu não estou tão distante do que eu tenho por humanidade.
A imperfeição.
Eu penso que não é tão ruim assim, às vezes. Eu não posso dizer que estou dando tudo de mim, mas estou me esforçando para sair de onde estou e chegar a um lugar melhor. Tenho plena consciência de que isso não é nada fácil. É quando você vê um filme e se identifica com o cara que se fode mas não abre mão de ser uma pessoa bacana. Inconscientemente, claro. É quando você ouve uma canção e sente ali no fundo aquela enrgiazinha fluindo...
Por esses dias, toda vez que ouço Maybe I'm Amazed do Paul McCartney, me dá um aperto no peito no refrão porque ela é uma música tão forte e que o Paul canta com tanto tesão enquanto martela o piano, e aí vem aquele solo de guitarra...É de arrepiar, não tem jeito!
E eu paro pra pensar no agora. Paro pensar que de repente nem adianta mesmo a gente ficar planejando muito esse futuro que tanto falamos. Mas acho que ninguém consegue de fato fazer isso...
E mesmo assim, ainda me pego pensando que eu posso tentar fazer outra coisa qualquer...talvez abrir, um bar...sei lá. Qualquer coisa que me faça aprender alguma coisa diferente, mudar de ares...
É inevitável, cara! O futuro tá aí pra gente pensar nele. Mas sem exagero. Cada vez mais chego á conclusão que a gente tá nesse mundo mesmo pra se foder, então, façamos isso da forma mais divertida possível, mesmo levando umas cacetadas no caminho.
Isso tudo é tão batido, né...
Acho que chegamos no limite aqui.
Mas falemos de coisas boas bonitas e baratas!
Ah, as baratas! Que bichinhos mais fofura do pai!
Vamos hoje aprender sobre as batatas...digo...baratas.
As baratas são insetos, mas não qualquer insetos. São insetos quase invencíveis. Perdem apenas para as aranhas e para as tartarugas.
As tartarugas são a evolução natural das baratas. Notem a semelhança...O casco e tal...só que nesta evolução ela perdeu algumas patas e anda devagarinho, além de ter uma cabeça retrátil, botar ovos e ser réptil.
As baratas gostam muito de se divertir. Em suas horas vagas, passeiam pelas casas alheias assustando as pessoas. Mas todas elas têm emprego e família. Por isso não é bonito sair por aí matando esses pequenos seres asquerosos tão adoráveis.
Para maiores informações sobre este assunto, procure a Baratos Afins.
Obrigado.
Passarinho, que som é esse?
Life Is Peachy - KoRn
Leitores e leitoras desavisados que lêem aqui eu falando sobre Beach Boys, Beatles e coisinhas meigas, não imaginam que eu também ouço música de retardados mentais. Mas sim, eu escuto, e gosto muito.
Mas o KoRn é um caso à parte. Uma banda muito peculiar.
Despontou em 1994 se não me engano com um excelente disco de estréia levado pelo clipe da singela canção Blind. O disco é realmente muito bom.
Eles praticamente abriram de vez o terreno pra cena new metal entrar de sola no mercado musical.
O interessante é que eu não gosto de new metal! Pra mim, é tudo banda meia-boca...neguinho que mais faz cara de mal do que toca. E é um estilo chato de se ouvir...sei lá. Nunca me agradou. Mas o KoRn...
O KoRn, principalmente por causa do vocalista atormentado Jonathan Davis, é uma banda que me passa muito sentimento. Chega a doer a angústia de Jonathan ao cantar, é fora do normal. Mesmo assim, algo aconteceu e a banda desbundou. Além de exagerar nos flertes com hip hop e rap, a carga sentimental parece diminuir cada vez mais. Já no terceiro álbum da banda, Follow The Leader, a banda, pra mim já não é a mesma.
Pelo menos eles deixaram uma grande obra! Um disco matador! Trata-se do segundo disco da banda:
Life Is Peachy foi lançado em 1996 pelo selo Epic. Foi produzido por Ross Robinson, que virou queridinho das bandas de new metal, mas que tem em seu currículo produções de bandas como At The Drive-In!
Neste disco, o KoRn conseguiu misturar alguns elementos que eu acho fantásticos na música. Sentimento, agressividade, suíngue, peso, nervosismo, insanidade, melodias, mais peso...e letras muito legais, que vão da depressão à pornografia!
A faixa de abertura é uma pequena amostra do que o ouvinte vai encontrar pela frente. Esquizofrenia, peso e outras coisinhas.
Daí em diante, a porradaria come solta. A cada música o baterista David Silveria deixa claro que é um dos melhores bateristas da década de noventa com uma pegada desgraçada de potente e muita criatividade, dando a banda muito um andamento rítmico absurdo! As guitarras são insanas, cheias de barulhinhos misturados à distorções saturadas e o jeito todo especial de Munky e Head tocarem. O baixo é praticamente martelado por Fieldy com muita propriedade e peso! E os vocais de Jonathan Davis exorciza seus demônios em urros desesperados numa catarse de angustia e raiva contagiantes!
Os destaques deste disco ficam com as faixas Twist, Good God, K@#Ø%!, Pornô Creep e Swallow.
O recado tá dado, macacada! Corram atrás desse disco que vale muito a pena!
Este disco é para quem gosta de:
Chorar de raiva, bater cabeça, filmes do Rob Zombie, bermudão com corrente pendurada, Faith No More, brigar com o pai e bater a porta do quarto.
Dá o play, Macaco! - Unattainable - Little Joy
terça-feira, 3 de março de 2009
A poesia toda prosa!
"Se eu tivesse, seu tivesse muitos vícios
O meu nome então seria Vinícius
Mas se esses vícios fossem muito imorais
Então eu seria o Vinícius de Moraes!"
Assim cantava uma patota de amigos quando o Poetinha chegava no Veloso, pequeno bar tradicional de Copacabana, já pedindo um uisquinho e sempre em companhia de belas garotas.
Vinícius não gostava muito da brincadeira, mas encarava com bom humor.
Essa é uma das histórias relatadas no belíssimo documentário Vinícius, dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido pela filha de Vinícius, Susana de Moraes.
O filme emociona pela ternura com que trata a obra e a vida deste que é dos mais importantes poetas de nossa literatura, além de compositor brilhante.
O meu nome então seria Vinícius
Mas se esses vícios fossem muito imorais
Então eu seria o Vinícius de Moraes!"
Assim cantava uma patota de amigos quando o Poetinha chegava no Veloso, pequeno bar tradicional de Copacabana, já pedindo um uisquinho e sempre em companhia de belas garotas.
Vinícius não gostava muito da brincadeira, mas encarava com bom humor.
Essa é uma das histórias relatadas no belíssimo documentário Vinícius, dirigido por Miguel Faria Jr. e produzido pela filha de Vinícius, Susana de Moraes.
O filme emociona pela ternura com que trata a obra e a vida deste que é dos mais importantes poetas de nossa literatura, além de compositor brilhante.
Passando por todas as fases de sua vida, o documentário traz depoimentos de familiares (incluindo aqui Chico Buarque, que apesar de não ter parentesco direto, Vinícius era seu padrinho), amigos como Tonia Carrero que, com bom humor, revela muita coisa sobre a vida do poeta e os parceiros na música como Edu Lobo, Francis Hime e, é claro, Toquinho.
Permeando as histórias e depoimentos dos entrevistados, o filme apresenta Camila Morgado e Ricardo Blat contando trechos da história do poeta-diplomata e declamando alguns de seus poemas; e ainda contam com participações de músicos da nova geração interpretando algumas das canções de Vinícius.
Destacando-se aqui Yamandu Costa e Adriana Calcanhoto.
Apesar de lançado em 2005, só vim ver este documentário agora e me emocionei demais!
Minha admiração por Vinícius não vem de hoje. Quem me conhece sabe que, para mim, não há ninguém como Vinícius de Moraes, seja na poesia, na crônica ou escrevendo canções.
E o bacana desta película é que ela agrada desde fãs ardorosos até quem quer conhecer a obra de Vinícius.
Assim, finalizo este post, sem resenhar disco nem nada.
Falando deste documentário, da vida e da obra de Vinícius de Moraes, já basta.
Salve sempre a obra de nosso poeta maior
Seja falando do cotidiano, seja falando de amor!
"Quem pagará o enterro e as flores.
Se eu me morrer de amores?"
segunda-feira, 2 de março de 2009
People & Arts
Eu sou conservador!
Conservador não...é muito forte esse negócio de conservador...
Já sei!
Tradicionalista!
É isso!
Eu sou tradicionalista!
Pronto, falei!
Minha estadia em São Paulo neste carnaval me proporcionou apreciar uma forma de arte que poucas vezes tenho oportunidade de apreciar (confesso aqui um pouco de falta de interesse também). Trata-se do teatro.
Minha irmã mora na frente do Centro Cultural São Paulo, na avenida Vergueiro. No centro cultural os eventos culturais são baratíssimos. Nesta última sexta, dia 27, se eu tivesse ficado por lá, teria visto os Forgotten Boys por cinco pila.
Enfim, acabou que vi duas peças de teatro lá pelo módico preço de três reais cada. No sábado assisti a uma peça chamada Entre Divas e Senhoritas. No domingo, outra chamada Cold Meat Party - Festa do Presunto. E, na terça feira, gastando um pouco mais, fui ao Teatro Gazeta assistir a peça Toc Toc.
Entre Divas e Senhoritas é uma peça interessante, mas deveria ser indicada apenas para iniciados no assunto. Caso contrário, o espectador fica meio perdido...
Em resumo, a peça trata-se de duas ex-atrizes velhas em seu apartamento, onde, convivendo com a espera da morte, encenam grandes obras do teatro mundial. Essas encenações são pretextos para que as personagens relembrem causos envolvendo figuras do teatro paulista da década de 1950.
Interessante. Mas o foda é que o troço é meio caótico. Elas mudam de uma cena pra outra de repente. Quando tu está acompanhando uma idéia, elas já pulam pra outra, começam a contar uma história, voltam pra interpretação de antes...Na realidade, eu só saquei mesmo que a peça se tratava do que eu descrevi no parágrafo acima, do meio pro final, quando elas começam a citar fatos sobre Cacilda Becker e a ditadura...
Mas com certeza, 80% das citações e referências de peças famosas e etc passaram batidas pra mim.
No fim das contas, a peça me pareceu tão confusa que não me agradou.
Já a peça Cold Meat Party - Festa do Presunto, me agradou muito. Justamente por ser uma peça simples, linear...
A história se passa numa casa em Manchester, UK, onde está acontecendo o velório de um famoso escritor. Para o último adeus e para a esperada leitura do testamento, estão ali reunidos velhos amigos, ex-mulher, amante, filha e etc.
A história é ótima e engraçadíssima! Tem um ritmo perfeito entre entradas e saidas dos atores e uma linguagem atual. Irresistível mesmo!
A peça Toc Toc é na mesma linha. Comédia das boas. Texto gringo adaptado pro português.
A peça se passa numa sala de espera de um consultório médico. O doutor que atende ali é tido como grande especialista em TOC (transtorno obssessivo compulsivo). Os pacientes começam a chegar na sala, mas o médico está atrasado. Os personagens então passam a conversar e acabam numa grande terapia de grupo.
O texto é inteligente e muito engraçado! A atuação dos atores também é impressionante!
Baseado nisso, repito sem medo.
Sou mesmo tradicionalista!
Não gosto de jazz fusion e essas porras. Gosto do bom e velho Count Basie!
Passarinho, que som é esse?
A banda mexicana Cafe Tacvba é provavelmente um dos principais expoentes de seu país, musicalmente falando. Foi a primeira banda latina a gravar um disco com o selo MTV Unplugged pela MTV americana, sem cantar uma canção sequer em inglês! São respeitados por gente como David Byrne e Beck.
Sem dúvida o disco fundamental (e que alçou a banda ao sucesso) foi este RE. Lançado em 1994, traz uma mistura saborosa de sons latinos que vão do bolero á salsa com rock n' roll e punk rock.
RE chegou a ser descrito como "equivalente ao álbum branco dos Beatles para a cena mexicana" segundo um crítico exagerado do New York Times.
Exageros à parte, o disco é realmente fantástico.
A mistura de estilos torna o disco atraente e exuberante. As composições são inteligentes e bem trabalhadas, com letras ora românticas, ora políticas, mas sem panfletagem.
Destaques para a saborosa La Ingrata, a dançante 24 Horas e a romântica Esa Noche. Isso sem falar na singela La Negrita com uma letra belíssima sobre simplicidade e amar seu próprio lar e Trópico de Câncer, que, com uma bela melodia, critica com lirismo de zapatistas a petroleiros.
Disco fundamental!
Este disco é para quem gosta de:
Ir no Fórum Social com a galera da faculdade, pagar de intelectual buscando suas raízes, Manu Chao, bandas descoladas, comer taco na Praça da República.
Dá o play, Macaco! - Tired Of Sex - Weezer
Conservador não...é muito forte esse negócio de conservador...
Já sei!
Tradicionalista!
É isso!
Eu sou tradicionalista!
Pronto, falei!
Minha estadia em São Paulo neste carnaval me proporcionou apreciar uma forma de arte que poucas vezes tenho oportunidade de apreciar (confesso aqui um pouco de falta de interesse também). Trata-se do teatro.
Minha irmã mora na frente do Centro Cultural São Paulo, na avenida Vergueiro. No centro cultural os eventos culturais são baratíssimos. Nesta última sexta, dia 27, se eu tivesse ficado por lá, teria visto os Forgotten Boys por cinco pila.
Enfim, acabou que vi duas peças de teatro lá pelo módico preço de três reais cada. No sábado assisti a uma peça chamada Entre Divas e Senhoritas. No domingo, outra chamada Cold Meat Party - Festa do Presunto. E, na terça feira, gastando um pouco mais, fui ao Teatro Gazeta assistir a peça Toc Toc.
Entre Divas e Senhoritas é uma peça interessante, mas deveria ser indicada apenas para iniciados no assunto. Caso contrário, o espectador fica meio perdido...
Em resumo, a peça trata-se de duas ex-atrizes velhas em seu apartamento, onde, convivendo com a espera da morte, encenam grandes obras do teatro mundial. Essas encenações são pretextos para que as personagens relembrem causos envolvendo figuras do teatro paulista da década de 1950.
Interessante. Mas o foda é que o troço é meio caótico. Elas mudam de uma cena pra outra de repente. Quando tu está acompanhando uma idéia, elas já pulam pra outra, começam a contar uma história, voltam pra interpretação de antes...Na realidade, eu só saquei mesmo que a peça se tratava do que eu descrevi no parágrafo acima, do meio pro final, quando elas começam a citar fatos sobre Cacilda Becker e a ditadura...
Mas com certeza, 80% das citações e referências de peças famosas e etc passaram batidas pra mim.
No fim das contas, a peça me pareceu tão confusa que não me agradou.
Já a peça Cold Meat Party - Festa do Presunto, me agradou muito. Justamente por ser uma peça simples, linear...
A história se passa numa casa em Manchester, UK, onde está acontecendo o velório de um famoso escritor. Para o último adeus e para a esperada leitura do testamento, estão ali reunidos velhos amigos, ex-mulher, amante, filha e etc.
A história é ótima e engraçadíssima! Tem um ritmo perfeito entre entradas e saidas dos atores e uma linguagem atual. Irresistível mesmo!
A peça Toc Toc é na mesma linha. Comédia das boas. Texto gringo adaptado pro português.
A peça se passa numa sala de espera de um consultório médico. O doutor que atende ali é tido como grande especialista em TOC (transtorno obssessivo compulsivo). Os pacientes começam a chegar na sala, mas o médico está atrasado. Os personagens então passam a conversar e acabam numa grande terapia de grupo.
O texto é inteligente e muito engraçado! A atuação dos atores também é impressionante!
Baseado nisso, repito sem medo.
Sou mesmo tradicionalista!
Não gosto de jazz fusion e essas porras. Gosto do bom e velho Count Basie!
Passarinho, que som é esse?
A banda mexicana Cafe Tacvba é provavelmente um dos principais expoentes de seu país, musicalmente falando. Foi a primeira banda latina a gravar um disco com o selo MTV Unplugged pela MTV americana, sem cantar uma canção sequer em inglês! São respeitados por gente como David Byrne e Beck.
Sem dúvida o disco fundamental (e que alçou a banda ao sucesso) foi este RE. Lançado em 1994, traz uma mistura saborosa de sons latinos que vão do bolero á salsa com rock n' roll e punk rock.
RE chegou a ser descrito como "equivalente ao álbum branco dos Beatles para a cena mexicana" segundo um crítico exagerado do New York Times.
Exageros à parte, o disco é realmente fantástico.
A mistura de estilos torna o disco atraente e exuberante. As composições são inteligentes e bem trabalhadas, com letras ora românticas, ora políticas, mas sem panfletagem.
Destaques para a saborosa La Ingrata, a dançante 24 Horas e a romântica Esa Noche. Isso sem falar na singela La Negrita com uma letra belíssima sobre simplicidade e amar seu próprio lar e Trópico de Câncer, que, com uma bela melodia, critica com lirismo de zapatistas a petroleiros.
Disco fundamental!
Este disco é para quem gosta de:
Ir no Fórum Social com a galera da faculdade, pagar de intelectual buscando suas raízes, Manu Chao, bandas descoladas, comer taco na Praça da República.
Dá o play, Macaco! - Tired Of Sex - Weezer
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