quarta-feira, 11 de março de 2009

Deve haver alguma coisa que ainda te emocione...

O que ainda te emociona?


Eu gosto de pensar que são aquelas pequenas coisas que me emocionam. Um filmezinho surpreendente, uma bela canção...


Uma caminhada sem rumo num domingo de tarde enquanto fumo um cigarro. Parar pra tomar um café... Sonhar com um futuro promissor. Sentir-se livre.


É confortante pensar nisso tudo. Porque me faz ver que eu não estou tão distante do que eu tenho por humanidade.


A imperfeição.


Eu penso que não é tão ruim assim, às vezes. Eu não posso dizer que estou dando tudo de mim, mas estou me esforçando para sair de onde estou e chegar a um lugar melhor. Tenho plena consciência de que isso não é nada fácil. É quando você vê um filme e se identifica com o cara que se fode mas não abre mão de ser uma pessoa bacana. Inconscientemente, claro. É quando você ouve uma canção e sente ali no fundo aquela enrgiazinha fluindo...


Por esses dias, toda vez que ouço Maybe I'm Amazed do Paul McCartney, me dá um aperto no peito no refrão porque ela é uma música tão forte e que o Paul canta com tanto tesão enquanto martela o piano, e aí vem aquele solo de guitarra...É de arrepiar, não tem jeito!


E eu paro pra pensar no agora. Paro pensar que de repente nem adianta mesmo a gente ficar planejando muito esse futuro que tanto falamos. Mas acho que ninguém consegue de fato fazer isso...


E mesmo assim, ainda me pego pensando que eu posso tentar fazer outra coisa qualquer...talvez abrir, um bar...sei lá. Qualquer coisa que me faça aprender alguma coisa diferente, mudar de ares...


É inevitável, cara! O futuro tá aí pra gente pensar nele. Mas sem exagero. Cada vez mais chego á conclusão que a gente tá nesse mundo mesmo pra se foder, então, façamos isso da forma mais divertida possível, mesmo levando umas cacetadas no caminho.


Isso tudo é tão batido, né...


Acho que chegamos no limite aqui.


Mas falemos de coisas boas bonitas e baratas!


Ah, as baratas! Que bichinhos mais fofura do pai!

Vamos hoje aprender sobre as batatas...digo...baratas.
As baratas são insetos, mas não qualquer insetos. São insetos quase invencíveis. Perdem apenas para as aranhas e para as tartarugas.


As tartarugas são a evolução natural das baratas. Notem a semelhança...O casco e tal...só que nesta evolução ela perdeu algumas patas e anda devagarinho, além de ter uma cabeça retrátil, botar ovos e ser réptil.


As baratas gostam muito de se divertir. Em suas horas vagas, passeiam pelas casas alheias assustando as pessoas. Mas todas elas têm emprego e família. Por isso não é bonito sair por aí matando esses pequenos seres asquerosos tão adoráveis.


Para maiores informações sobre este assunto, procure a Baratos Afins.



Obrigado.






Passarinho, que som é esse?




Life Is Peachy - KoRn








Leitores e leitoras desavisados que lêem aqui eu falando sobre Beach Boys, Beatles e coisinhas meigas, não imaginam que eu também ouço música de retardados mentais. Mas sim, eu escuto, e gosto muito.


Mas o KoRn é um caso à parte. Uma banda muito peculiar.


Despontou em 1994 se não me engano com um excelente disco de estréia levado pelo clipe da singela canção Blind. O disco é realmente muito bom.
Eles praticamente abriram de vez o terreno pra cena new metal entrar de sola no mercado musical.


O interessante é que eu não gosto de new metal! Pra mim, é tudo banda meia-boca...neguinho que mais faz cara de mal do que toca. E é um estilo chato de se ouvir...sei lá. Nunca me agradou. Mas o KoRn...


O KoRn, principalmente por causa do vocalista atormentado Jonathan Davis, é uma banda que me passa muito sentimento. Chega a doer a angústia de Jonathan ao cantar, é fora do normal. Mesmo assim, algo aconteceu e a banda desbundou. Além de exagerar nos flertes com hip hop e rap, a carga sentimental parece diminuir cada vez mais. Já no terceiro álbum da banda, Follow The Leader, a banda, pra mim já não é a mesma.


Pelo menos eles deixaram uma grande obra! Um disco matador! Trata-se do segundo disco da banda:
Life Is Peachy foi lançado em 1996 pelo selo Epic. Foi produzido por Ross Robinson, que virou queridinho das bandas de new metal, mas que tem em seu currículo produções de bandas como At The Drive-In!


Neste disco, o KoRn conseguiu misturar alguns elementos que eu acho fantásticos na música. Sentimento, agressividade, suíngue, peso, nervosismo, insanidade, melodias, mais peso...e letras muito legais, que vão da depressão à pornografia!


A faixa de abertura é uma pequena amostra do que o ouvinte vai encontrar pela frente. Esquizofrenia, peso e outras coisinhas.


Daí em diante, a porradaria come solta. A cada música o baterista David Silveria deixa claro que é um dos melhores bateristas da década de noventa com uma pegada desgraçada de potente e muita criatividade, dando a banda muito um andamento rítmico absurdo! As guitarras são insanas, cheias de barulhinhos misturados à distorções saturadas e o jeito todo especial de Munky e Head tocarem. O baixo é praticamente martelado por Fieldy com muita propriedade e peso! E os vocais de Jonathan Davis exorciza seus demônios em urros desesperados numa catarse de angustia e raiva contagiantes!


Os destaques deste disco ficam com as faixas Twist, Good God, K@#Ø%!, Pornô Creep e Swallow.


O recado tá dado, macacada! Corram atrás desse disco que vale muito a pena!






Este disco é para quem gosta de:
Chorar de raiva, bater cabeça, filmes do Rob Zombie, bermudão com corrente pendurada, Faith No More, brigar com o pai e bater a porta do quarto.








Dá o play, Macaco! - Unattainable - Little Joy

3 comentários:

Eduardo Guimarães disse...

Eu não gosto de baratas e do Korn.
Mas esse disco é do caralho mesmo.

Alfie disse...

Finalmente uma banda aqui que eu posso opinar. Korn eh foda mesmo, principalmente pelos dois primeiros albuns. Os ultimos se salvam tb, mas follow the leader realmente eh uma decepcao. Eu imagino o Jonathan Davis e o Mike Patton dividindo o mesmo palco. Acho que nao teria espaco pra tanta porralouquice.
Anyway... eh foda pra caralho.
Comecando a falar de musica de homem hein Paulao? que orgulho...

Anônimo disse...

A imperfeição é quase perfeita.